
A Polícia Federal (PF), em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Sem Desconto em 23 de abril de 2025, para combater um esquema de fraudes no INSS que gerou desvios estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Durante a operação, foram apreendidos carros de luxo, incluindo modelos como Ferrari, Rolls-Royce, e Porsche, avaliados em mais de R$ 15 milhões, além de joias, obras de arte, relógios de alto valor, bolsas importadas e dinheiro em espécie (mais de US$ 370 mil).
As apreensões ocorreram em 13 estados e no Distrito Federal, com destaque para Ceará, Paraná e São Paulo.
A fraude envolvia descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas, realizados por entidades associativas, principalmente de Sergipe, que cobravam mensalidades sem autorização, usando assinaturas falsificadas. Essas entidades ofereciam serviços fictícios, como assistência jurídica e descontos em academias, sem estrutura para prestá-los.
A operação cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária (cinco pessoas presas, uma foragida) e sequestrou bens no valor de R$ 1 bilhão. Seis servidores públicos, incluindo o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foram afastados por suspeita de conivência.
A investigação começou em 2023 na CGU e foi intensificada pela PF em 2024, após denúncias de fraudes. A PF orienta que vítimas de descontos indevidos acessem o Meu INSS ou a Central 135 para bloquear ou excluir mensalidades associativas irregulares. Os investigados podem responder por crimes como estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Nota: Este caso é distinto da Operação Cessatio, mencionada na sua primeira pergunta, que investigou fraudes no BPC-Loas em Roraima, envolvendo venezuelanos, com prejuízo de R$ 16 milhões. Não há registro de apreensão de carros de luxo nessa operação específica.