Houthi do Iêmen, outra milícia apoiada pelo Irã, se junta a bombardeios contra Israel

Os rebeldes Houthis do Iêmen, apoiados pelo regime do Irã, assumiram a responsabilidade por uma série de ataques ao sul de Israel.

O porta-voz do grupo, Yahya Saria, disse que o ataque aéreo, realizado com drones e mísseis balísticos e de cruzeiro, foi realizado “por um sentido de responsabilidade religiosa, moral, humanitária e nacional” para com a população de Gaza, dada a fragilidade do mundo árabe e o conluio de alguns países árabes com Israel”, segundo o The Times of Israel.

A operação foi impulsionada “pelas demandas do povo iemenita”, acrescentou.

Saria especificou que este é o terceiro ataque realizado pelo grupo contra Israel desde o início da guerra, ao mesmo tempo que promete novas ofensivas com mísseis e drones.

“Esses drones pertencem ao estado iemenita”, disse Abdelaziz bin Habtour, primeiro-ministro do governo Houthi, quando questionado sobre os drones lançados em direção a Eilat, no sul de Israel.

Os militares israelenses relataram anteriormente uma “intrusão de aeronaves hostis” que soaram sirenes de alerta na área de Eilat, uma cidade turística no Mar Vermelho. “Não há ameaça nesta região nem perigo”, declarou o porta-voz militar israelita, Daniel Hagari, num briefing transmitido separadamente pela televisão.

Os Houthis, que tomaram a capital do Iêmen em 2014 e controlam vastas áreas do país, fazem parte do “eixo de resistência” contra Israel juntamente com o Hamas, que também é apoiado por Teerã.

Até agora, o regime iraniano acolheu favoravelmente os ataques contra Israel, mas negou estar envolvido direta ou indiretamente. Mesmo o seu delegado não apareceu na foto da cúpula terrorista em que o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, recebeu o número dois do Hamas, Saleh al-Aruri, e o líder da Jihad Islâmica, Ziad Nakhaleh, em local não revelado.

Chanceler iraniano alerta que o conflito está se expandindo

O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hosein Amir Abdolahian, afirmou nesta terça-feira que o conflito entre Israel e o Hamas está se expandindo gradualmente, e apelou ao aproveitamento das últimas oportunidades políticas para parar a guerra.

“Estamos a assistir a um aumento das reações e à expansão do âmbito do conflito na região”, disse Abdolahian num encontro em Doha com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al Thani, noticiou a agência iraniana Mehr.

O chefe da diplomacia iraniana afirmou que “é natural que os grupos de resistência não permaneçam calados face aos crimes israelitas e ao apoio dos Estados Unidos ao regime sionista”.

Por esta razão, o diplomata persa apelou a “aproveitar as últimas oportunidades políticas para parar a guerra e que, se o controle da situação for perdido, nenhuma parte estará a salvo das consequências”.

Gazeta Brasil

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