O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que os alvos de uma operação deflagrada nesta sexta-feira (20) para investigar ameaças à democracia não se aproximem menos de um quilômetro da Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Entre os alvos da medida estão Sérgio Reis, o cantor Eduardo Oliveira Araújo, os empresários Turíbio Torres e Alexandre Urbano Raitz Petersen, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como ‘Zé Trovão’, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja Antonio Galvan, além de Wellington Macedo de Souza, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm.
Ao menos três deles – Sérgio Reis, Eduardo Araújo e Turibio Torres – estiveram eu reuniões no Planalto semana passada.
A decisão só não vale para o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ). Apesar de ser alvo da operação desta sexta, Moraes entendeu que, por ele ser parlamentar, tem a prerrogativa de frequentar o Congresso.
Na Praça dos Três Poderes, ficam localizadas as sedes dos Poderes, ou seja, o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
No despacho, Moraes escreveu que a restrição para os investigados chegarem perto da área visa proteger parlamentares e ministros.
“Para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos ministros, senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações. A presente restrição somente não se aplicará ao deputado Federal Otoni Moura de Paulo Júnior, em razão da necessidade do exercício de suas atividades parlamentares”, justificou.
O ministro também determinou que os investigados não participem de redes sociais, tenham seus perfis bloqueados, não se comuniquem com manifestantes e não participem de eventos em ruas e próximos a monumentos do Distrito Federal.
Entenda o caso
A Polícia Federal cumpre, nesta sexta-feira (20), mandados de busca e apreensão em endereços do cantor Sérgio Reis e do deputado bolsonarista Otoni de Paula (PSC-RJ). Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A investigação apura suposta “incitação à prática de atos violentos e ameaçadores contra a democracia”, e a convocação de atos antidemocráticos contra o STF para 7 de setembro. Os investigadores apuram ainda o apoio de empresários do agronegócio a esses movimentos.
São 29 mandados sendo executados. Na manhã desta sexta, agentes da Polícia Federal já estiveram ao menos em quatro endereços ligados ao cantor, no Rio de Janeiro e em Brasília. Policiais realizaram buscas também na casa e no gabinete do parlamentar.
Por Yahoo Noticias