Revisão do Bolsa Família exclui 1,73 milhão de famílias unipessoais

A atualização do cadastro do Bolsa Família, programa social do governo Luiz Inácio Lula da Silva, excluiu 1,73 milhão de famílias “unipessoais” em 2023, segundo informações do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Dados oficiais revelam que, em dezembro de 2022, o programa social do governo atendia 5,88 milhões de famílias unipessoais. No entanto, esse número diminuiu para 4,15 milhões até o final do ano passado.

Famílias unipessoais consistem naquelas compostas por apenas um membro, registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (Cadastro Único). Embora não haja restrição para a inclusão dessas famílias, as regras indicam que, uma vez classificadas como unipessoais, não podem mais compartilhar a residência com outros familiares.

O ministro Wellington Dias esclareceu que essas medidas permitiram um aumento no valor médio do benefício. “Ao transitar do ‘auxílio solteiro’ para o Bolsa Família, ampliamos a média de pessoas por benefício. Agora, contemplamos mais crianças, elevando o benefício médio geral para R$ 681 (…). Portanto, uma família com casal e três filhos (as) de até 6 anos recebe um auxílio de R$ 1.160. Por quê? São cinco pessoas recebendo R$ 142 cada e mais R$ 450 referentes às três crianças”, explicou à TV Globo.

O governo federal já havia anunciado uma revisão do Cadastro do Bolsa Família em março do ano passado, revelando indícios de irregularidades em 2,5 milhões de beneficiários. Naquele momento, 1,4 milhão de beneficiários foram excluídos da folha de pagamento de março.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social explicou que os “arranjos unipessoais tiveram um aumento fora da curva e vínculo com a dinâmica demográfica das famílias brasileiras entre o final de 2021 e os últimos meses de 2022.”

Gazeta Brasil

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