O governo da Papua Nova Guiné informou nesta segunda-feira (27) que um deslizamento de terra ocorrido na última sexta-feira soterrou mais de duas mil pessoas e pediu formalmente ajuda internacional. O número divulgado pelo governo é cerca de três vezes superior à estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que era de 670 pessoas.
Em uma carta ao coordenador residente das Nações Unidas, datada de domingo, o diretor interino do Centro Nacional de Desastres da nação insular do Pacífico Sul afirmou que o deslizamento de terra “enterrou mais de 2 mil pessoas vivas” e causou “grande destruição”. As estimativas sobre o número de vítimas variaram muito desde o desastre e não ficou imediatamente claro como as autoridades chegaram ao número de pessoas afetadas.
O deslizamento de terra ocorreu na madrugada de sexta-feira, por volta das 3h, na província da Enga, no centro do país, pegando os moradores da aldeia de Kaokalam de surpresa, segundo as autoridades locais. Chuvas fortes caíram durante duas horas durante a noite na capital da província de Wabag, a 60 quilômetros da aldeia devastada.
O ministro da Defesa da Papua Nova Guiné, Billy Joseph, e o diretor do Centro Nacional de Desastres do governo, Laso Mana, voaram no domingo em um helicóptero militar australiano da capital Port Moresby para Yambali, 600 quilômetros a noroeste, para avaliar as necessidades.
A Papua Nova Guiné é uma nação em desenvolvimento, composta principalmente por agricultores de subsistência, com 800 idiomas. Existem poucas estradas fora das principais cidades. Com 10 milhões de habitantes, é a nação mais populosa do Pacífico Sul, depois da Austrália, que tem cerca de 27 milhões de habitantes.
Gazeta Brasil