Uma megaoperação da polícia argentina apreendeu cerca de mil armas, de diversos tipos, quase 30 mil balas, explosivos, granadas, minas antitanque e um canhão, além de deter 17 suspeitos de integrar uma quadrilha que contrabandeava armamento para o Brasil, informou nesta quarta-feira o Ministério da Segurança.
Trata-se da “apreensão de armas mais importante da história” da Argentina, com base em uma “megaoperação que permitiu identificar a ação de uma quadrilha dedicada ao tráfico de armas”, destacou o ministério.
“Temos um arsenal em Buenos Aires, outro em Rio Negro (sul) e outro em Córdoba (centro). Todas estas armas faziam uma triangulação: de Estados Unidos e Europa para a Argentina, onde eram montadas e seguiam para Pedro Juan Caballero, no Paraguai, para serem enviadas ao Brasil”, precisou o comunicado oficial.
A operação foi batizada de Palak, o nome do navio português que trazia os componentes das armas. “Estamos falando de umas mil armas que eram montadas aqui, na Argentina”, declarou a ministra da Segurança, Patricia Bullrich.
A operação foi deflagrada ao final de oito meses de trabalho de Inteligência.
As armas eram enviadas dos Estados Unidos para a Argentina, e os carregadores saíam da Alemanha, passavam pela Espanha e chegavam à Holanda, de onde seguiam de navio para Buenos Aires.
Após ser montado na Argentina, o armamento era enviado ao Brasil utilizando uma empresa de transporte de passageiros paraguaia.
Entre o armamento apreendido havia granadas, fuzis de assalto FAL, Colt M4 e AK47, metralhadoras pesadas Browning, um canhão Oerlicon, 30 mil balas de diferentes calibres, minas antitanque e aparelhos de visão noturna.