A inflação ao consumidor está em 113,4%, na comparação anual, segundo o dado de julho.
A Argentina enfrenta uma onda de saques a supermercados e lojas em diferentes partes da Grande Buenos Aires na terça-feira (22). Autoridades locais disseram que os saques foram incentivados por mensagens nas redes sociais que pediam que as pessoas saíssem às ruas para saquear lojas. A onda de saques começou no fim de semana em cidades do interior da Argentina e se espalhou para a periferia de Buenos Aires na terça-feira. Os saques foram direcionados a supermercados, lojas e outros estabelecimentos comerciais.
O Ministro da Segurança da Província de Buenos Aires, Sergio Berni, afirmou que na noite de terça-feira houve tentativas de roubo “de maneira coordenada” em centros comerciais dos subúrbios das cidades de Moreno, José C. Paz e Escobar. Um dos supermercados sofreu grandes estragos e os autores do ataque atearam fogo ao local. Não há informações sobre feridos.
No fim de semana, houve episódios similares nas províncias de Córdoba, Mendoza e Neuquén. Muitos negócios dos bairros de Once e Flores, na capital, alteraram suas rotinas por temer saques. Prefeitos da grande Buenos Aires denunciaram ontem que circulavam mensagens e notícias falsas sobre saques.
Segundo as autoridades, a situação estava sob controle nesta quarta-feira (23). A polícia, porém, continuava a patrulhar e helicópteros sobrevoavam os subúrbios da capital.
A onda de saques é atribuída a uma série de fatores, incluindo a crise econômica, o aumento da pobreza e o desemprego. A crise econômica tem feito com que o custo de vida aumente, o que dificulta para as pessoas comprarem alimentos e outros itens essenciais. O aumento da pobreza também está levando a um aumento da desigualdade, o que está criando um ambiente propício à violência.
A inflação ao consumidor está em 113,4%, na comparação anual, segundo o dado de julho.
Gazeta Brasil