
O mês de junho começou com uma má notícia para os consumidores brasileiros: a conta de luz vai pesar mais no bolso. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a adoção da bandeira vermelha patamar 1 em todo o país, o que significa uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
A mudança na bandeira tarifária foi motivada pela queda no volume de chuvas, que reduz a capacidade de geração das hidrelétricas e obriga o acionamento de usinas termelétricas, mais caras e poluentes.
Segundo Silvio Paixão, professor de macroeconomia da USP, o aumento da tarifa terá impacto direto na inflação de junho e julho. “A conta de junho, a leitura de energia é feita entre os dias 6 e 10, então o impacto do aumento da tarifa já ocorre no período. Em julho vem o impacto cheio. Terá custo direto na conta de luz das residências e outro no preço dos produtos”, explicou.
Risco de nova alta
Caso a situação dos reservatórios continue se agravando, a Aneel pode acionar a bandeira vermelha patamar 2, o que resultaria em um aumento ainda maior nas faturas de energia.
Dicas para economizar
Diante do cenário, especialistas recomendam medidas simples para reduzir o consumo e aliviar o orçamento doméstico. O Inmetro sugere:
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Aproveitar a luz natural ao máximo durante o dia;
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Reduzir o tempo de banho e deixar o chuveiro na posição “verão”;
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Usar o ar-condicionado apenas quando necessário e por pouco tempo;
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Trocar lâmpadas incandescentes por LEDs ou fluorescentes;
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Desligar aparelhos que não estão em uso e retirá-los da tomada;
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Usar máquinas de lavar e secar apenas com a carga completa;
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Evitar abrir a geladeira com frequência e ajustar sua temperatura;
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Preferir eletrodomésticos com selo do Inmetro, dando prioridade aos de classificação “A”, que são mais eficientes.
Gazeta Brasil