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Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, chegou a Brasília para acompanhar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode torná-lo réu por uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
O julgamento, conduzido pela Primeira Turma do STF, começou às 9h30 e analisa a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras sete pessoas acusadas de integrarem o chamado “núcleo crucial” de um plano golpista. Ao chegar, Bolsonaro declarou que espera “justiça” e criticou a investigação, afirmando que a Polícia Federal foi “parcial”.
A Primeira Turma, composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino, decidirá se aceita ou rejeita a denúncia. Três sessões foram reservadas para o caso: duas hoje (9h30 e 14h) e uma amanhã, 26 de março, às 9h30, caso necessário. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro e os demais acusados — incluindo nomes como Mauro Cid, Walter Braga Netto e Anderson Torres — se tornarão réus e responderão a uma ação penal por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Se rejeitada, o caso será arquivado.
O STF reforçou a segurança para o evento, com medidas como controle de acesso, policiamento ampliado e equipes de emergência, devido a ameaças recentes e ao clima tenso em torno do julgamento.
As sessões são transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do STF no YouTube, permitindo acompanhamento público. O processo é um marco, pois pode definir o futuro jurídico de Bolsonaro antes das eleições de 2026, apesar de ele já estar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).