Pesquisador esclarece as principais controvérsias a respeito do assunto
O jejum intermitente pode ser denominado como um padrão alimentar com períodos de jejum e alimentação, algo natural e saudável. O Dr. Juliano Pimentel, formado em medicina e fisioterapia, pesquisador, mestre e doutorando pela Flórida Cristian University, desvendou 5 mitos sobre o assunto. Entre os dias 31 de maio e 1 de junho, o especialista estará em São Paulo para participar do World Pro Health Conference (WPHC), evento de padrão internacional sobre inovações em medicina integrativa e de precisão, biotecnologia e genoma.
Confira os cinco mitos sobre jejum intermitente e frequência alimentar:
1. Comer frequentemente acelera o metabolismo
Um dos mitos sobre jejum intermitente é que ele prejudica o metabolismo. Muitos acreditam que se alimentar de três em três horas acelera o metabolismo, fazendo o corpo queimar mais calorias. Em 1970, a média de refeições era de duas por dia e a obesidade era quase inexistente. Atualmente essa frequência é de seis vezes por dia. Por fim, o que importa é como os hormônios se comportam para lidar com as calorias totais ingeridas.
2. Comer frequentemente reduz a fome
Algumas pessoas acreditam que comer várias vezes ao dia ajuda a evitar a fome excessiva. Apesar de alguns estudos sugerirem que fazer mais refeições leva à redução da fome, outros não apresentam efeitos e mostram aumento dos níveis de fome. Não há evidência que confirma que comer mais, reduz a fome para todas as pessoas. Vai depender do histórico de saúde de cada indivíduo e dos alimentos. Em contrapartida, o jejum tem relação com a redução da fome.
3. O cérebro precisa de fonte constante de glicose
Outro mito que envolve o jejum intermitente é a necessidade de ingerir carboidratos várias vezes ao dia para que o cérebro continue funcionando corretamente. Isso é baseado na crença que ele só pode usar glicose (açúcar no sangue) como combustível. Mas o corpo pode facilmente produzir a glicose que precisa por meio de um processo chamado de gliconeogênese. Ou seja, o corpo armazena glicogênio (glicose) no fígado para ser usado como energia ao cérebro quando for necessário.
No entanto, algumas pessoas relatam que se sentem hipoglicêmicos, quando não se alimentam por um tempo. Nesse caso, procurar orientação médica é o melhor caminho antes de adotar a prática.
4. Jejum intermitente faz você perder músculo
Alguns acreditam que o jejum pode colaborar para a perda muscular. É verdade que isso acontece com dietas em geral. Mas não há nenhuma evidência de que isso ocorre mais com o jejum intermitente do que outros métodos. Alguns estudos sugerem que o jejum intermitente é melhor para manter a massa muscular pela alteração do padrão hormonal de quem o faz.
5. O jejum intermitente é ruim para a saúde
Esse é um dos mitos mais frequentes sobre a prática. No entanto, vários estudos mostram que o jejum intermitente traz diversos benefícios para a saúde como a mudança da expressão de genes relacionados à longevidade e proteção contra doenças. Traz também grandes vantagens para a saúde metabólica como melhora da sensibilidade à insulina, redução do estresse oxidativo e inflamação e redução de vários fatores de risco para doenças cardíacas. Além disso, ajuda contra a depressão e vários outros problemas cerebrais.
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