Após registrar a nona queda consecutiva ao fechar o ano de 2023, a taxa de desemprego no Brasil retomou seu aumento, alcançando 7,6% no trimestre entre novembro de 2023 e janeiro de 2024, o menor índice para o período desde 2015. Essas informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) nesta quinta-feira (29).
Mesmo com essa reversão, a pesquisa revela que 8,3 milhões de brasileiros permanecem desempregados, mantendo-se estável no trimestre e apresentando uma queda de 7,8% (703 mil pessoas a menos) em relação ao ano anterior.
O contingente de pessoas empregadas, totalizando 100,5 milhões, teve um aumento de 0,4% no trimestre e 2,0% no ano.
No setor privado, a massa de trabalhadores com carteira assinada atingiu 37,9 milhões, apresentando um crescimento de 3,1% (1,1 milhão a mais) no ano, incluindo os trabalhadores domésticos. Por outro lado, o número de empregados sem carteira no setor privado (13,4 milhões) permaneceu estável no trimestre e cresceu 2,6% (335 mil pessoas a mais) no ano.
É relevante mencionar que, entre o final de 2015 e o início de 2017, o Brasil enfrentou sua mais profunda crise econômica, com o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral registrando uma queda de até 4,5%. Em comparação, a queda durante a pandemia, no final de 2020, foi de 3,3%.
O rendimento médio dos brasileiros empregados é de R$ 3.034, sem variação significativa em comparação com o trimestre anterior. Notavelmente, apenas os funcionários da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais tiveram um reajuste médio de R$ 94.
Comparando com o trimestre de novembro de 2022 a janeiro de 2023, os trabalhadores da indústria viram um aumento salarial de 5,3% (mais R$ 152), enquanto os empregados do comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas experimentaram um aumento médio de R$ 125.
A massa de rendimento real habitual atingiu o montante de R$ 305,1 bilhões em janeiro de 2024, estabelecendo um novo recorde na série histórica que teve início em 2012.
Desalentados e subutilização
A população desalentada registrou 3,6 milhões, ficando estável em comparação com o trimestre anterior. No ano, o índice recuou 9,8% (menos 388 mil pessoas).
Essa categoria é classificada como todos aqueles com mais de 14 anos que estavam fora do mercado de trabalho e não haviam realizado busca efetiva por uma colocação.
Já a taxa de subutilização, que calcula o percentual de desocupados, subocupados por insuficiência de horas trabalhadas, e a força de trabalho potencial, ficou em 17,6%.
Com informações de R7