Divaldo Franco, um dos maiores nomes do espiritismo no Brasil, morre aos 98 anos

O médium e líder espírita Divaldo Franco faleceu nesta terça-feira (13), aos 98 anos, em Salvador. A causa da morte foi falência múltipla de órgãos, após lutar contra um câncer na bexiga desde novembro do ano passado. O óbito foi confirmado às 21h45, em sua residência na Mansão do Caminho, instituição espírita que fundou no bairro de Pau da Lima.

Nascido em Feira de Santana (BA) em 5 de maio de 1927, Divaldo Franco dedicou mais de 70 anos ao espiritismo, tornando-se uma das vozes mais respeitadas da doutrina no Brasil e no mundo. Sua mediunidade se manifestou na infância, mas inicialmente enfrentou incompreensão e críticas familiares.

Em 1952, fundou a Mansão do Caminho em Salvador, uma obra social que acolhe e educa milhares de crianças em situação de vulnerabilidade. Ao longo dos anos, a instituição cresceu, oferecendo escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico, mantidos pela venda de seus mais de 250 livros psicografados e gravações de suas palestras.

Reconhecido como sucessor de Chico Xavier, Divaldo Franco realizou mais de 20 mil conferências em 71 países e publicou obras traduzidas para 17 idiomas, alcançando a marca de 10 milhões de exemplares vendidos. Ele não teve filhos biológicos, mas acolheu e instruiu cerca de 685 pessoas ao longo de sua vida na Mansão do Caminho, sendo carinhosamente chamado de “Tio Divaldo”.

Um ato aberto ao público para as últimas homenagens será realizado nesta quarta-feira (14), das 9h às 20h, no ginásio de esportes da Mansão do Caminho. O sepultamento está marcado para as 10h de quinta-feira (15), no Cemitério Bosque da Paz, em Salvador, seguindo o desejo do médium por cerimônias póstumas breves, sem cortejo em carro aberto e com o caixão fechado.

Gazeta Brasil

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