Os resultados negativos ocorrem após a troca de toda a diretoria da empresa; o petista é contra privatizar a Telebras
A Telebras, estatal vinculada ao Ministério das Comunicações, dobrou sua dívida com fornecedores e viu seu programa de inclusão digital, o mais antigo do governo federal, perder arrecadação no último ano.
Os resultados negativos ocorrem após a troca de toda a diretoria da empresa entre abril e outubro de 2023.
O presidente Lula (PT) deixou a Telebras sob a influência do senador Davi Alcolumbre (União-AP), principal cotado para assumir a presidência do Senado em 2025.
Lula retirou a estatal da lista de privatizações, onde havia sido incluída pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O petista afirmou à época que ia acabar com privatizações no Brasil.
“Vai acabar privatizações neste país. Já privatizaram quase tudo. Mas vai acabar e nós vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade”, disse Lula semanas antes de assumir o terceiro mandato.
Davi Alcolumbre, padrinho político do ministro das Comunicações do governo Lula Juscelino Filho (União-MA), abriu cargos de assessoria e direção na Telebras para aliados.
Entre eles estão o presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho, indicado pelo senador Efraim Filho (União-PB) e ex-funcionário da Oi por 21 anos; o chefe de gabinete da presidência, Romualdo Rolim Neto, primo da esposa de Siqueira Filho; e a diretora administrativo-financeira e de relações com investidores, Tatiana Miranda, ex-funcionária do governo do Amapá, entre outros.
Ao Uol, a Telebras informou que espera resolver a atual dívida em 2025 e que está em negociação com novos clientes para aumentar as receitas da empresa. O Palácio do Planalto não comentou sobre o assunto.
Diário do Poder