Os Estados Unidos anunciaram que têm 1.419 ogivas nucleares implantadas em seu arsenal, ao pedir à Rússia que libere seus dados.
O Departamento de Estado dos EUA disse que estava divulgando as informações publicamente como parte de seus compromissos sob o Novo Tratado START, retrovertendo uma decisão anterior de não compartilhar os dados.
“Os Estados Unidos continuam a ver a transparência entre os estados com armas nucleares como extremamente valiosa para reduzir a probabilidade de erros de percepção, erros de cálculo e dispendiosas competições de armas”, disse um porta-voz em um comunicado nesta terça-feira (16)
O novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas entrou em vigor em 2011 e foi prorrogado por mais cinco anos em 2021.
Ele limita o número de ogivas nucleares estratégicas que os EUA e a Rússia podem implantar, bem como a implantação de mísseis terrestres e submarinos e os bombardeiros para lançá-los.
Mas em fevereiro deste ano, em meio a uma forte deterioração nas relações desde a invasão em grande escala da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que estava suspendendo a participação da Rússia no acordo.
Os EUA disseram que Moscou não fez nenhuma divulgação em março e “não estava implementando outras disposições importantes do tratado”, mas não deu mais detalhes.
“Os Estados Unidos pedem à Federação Russa que cumpra suas obrigações juridicamente vinculativas, retornando à plena implementação do Novo Tratado START e todas as medidas estabilizadoras de transparência e verificação contidas nele”, acrescentou o porta-voz do Departamento de Estado.
Os números mais recentes mostram que, além das ogivas nucleares implantadas, os EUA tinham 662 mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), mísseis balísticos lançados de submarinos (SLBMs) e bombardeiros pesados.
No total, disse que em 1º de março tinha 800 sistemas de entrega implantados e não implantados, o máximo permitido.
Sob o Novo START, os dois países concordaram em limitar a implantação de ogivas nucleares a 1.550 e mísseis e bombardeiros de longo alcance a 700.
Gazeta Brasil