O cenário da vacinação contra a COVID-19 no Brasil enfrentou obstáculos significativos nos últimos meses. Segundo informações da Folha de SP, o governo federal, sob a administração de Luiz Inácio Lula da Silva, teve de lidar com a falta de vacinas disponíveis para entrega imediata. Essa situação surgiu parcialmente devido à validade expirada de porções significativas de unidades adquiridas. Este panorama não apenas criou um desafio logístico, mas também complicou os esforços de imunização em todo o país.
As vacinas em questão fazem parte de um acordo de 12,5 milhões de doses com a farmacêutica Moderna, especialmente adaptadas para variantes como a XBB. Neste cenário crítico, aproximadamente 4,2 milhões dessas vacinas ficaram retidas nos estoques do Ministério da Saúde, elevando as preocupações sobre a continuidade dos esforços de imunização em larga escala.
Quais foram as principais dificuldades enfrentadas pelo governo?
A administração da vacina foi dificultada por diversos fatores. Inicialmente, o contrato era para dar impulso à imunização, mas contratempos nos prazos de entrega e questões sobre a validade mais curta das doses recebidas se impuseram. A Moderna precisou recolher 1,2 milhão de unidades para trocá-las por vacinas de validade mais prolongada. Isso gerou um atraso na distribuição das doses para o Sistema Único de Saúde (SUS).
- Validade curta das vacinas entregues ao governo
- Retardos no cumprimento dos contratos de fornecimento
- Desafios de armazenamento em baixas temperaturas
Como o Ministério da Saúde está lidando com a situação?
O Ministério da Saúde planeja resolver os problemas relacionados às vacinas vencidas substituindo cerca de 3 milhões de doses até dezembro por um modelo atualizado, adaptado à variante JN.1. Esta medida visa assegurar que a campanha de vacinação seja retomada de forma mais eficaz. Adicionalmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação de 1,2 milhão de vacinas com validade estendida até 2025.
Entretanto, para que essas vacinas sejam integradas na rede pública, ainda é necessário passar por controle de qualidade e outras verificações padrão. O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações, Eder Gatti, destacou que, apesar do orçamento e planejamento, a campanha enfrenta obstáculos de comunicação e desinformação, que impactam diretamente a aceitação pública.
A indisponibilidade de vacinas adequadas impacta diretamente a imunização, especialmente entre crianças, com estoques reduzidos de doses infantis. Apesar dos esforços contínuos do Ministério da Saúde, a imunização estabelecida pelo SUS sofreu uma queda nos números distribuídos mensalmente desde maio. O Ministério da Saúde relatou que foram aplicadas aproximadamente 3,1 milhões de doses da Moderna, representando menos da metade do total fornecido até agora.
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