Nem mesmo a arrecadação histórica foi capaz de manter as contas equilibradas
Segundo dados do Tesouro Nacional, de janeiro a setembro deste ano, os gastos do governo Lula (PT) subiram em R$ 101,4 bilhões em relação ao mesmo período de 2023, enquanto a receita líquida teve um crescimento de R$ 94,2 bilhões.
A receita líquida, que exclui transferências a estados e municípios, é usada para calcular o resultado primário do governo. Entre janeiro e setembro, o valor acumulado atingiu R$ 1,57 trilhão, um recorde desde o início da série histórica em 1997, representando uma alta de 6,4% em comparação a 2023. No entanto, os gastos cresceram 6,5% no mesmo período, o que levou a um déficit nas contas públicas.
O déficit primário chegou a R$ 105,2 bilhões até setembro de 2024, um aumento de 7,4% em relação ao mesmo período de 2023, quando o déficit somou R$ 97,73 bilhões. Esse resultado negativo só não foi ainda maior devido ao crescimento recorde da arrecadação líquida, conforme informou a Receita Federal.
Dos R$ 101,4 bilhões adicionais em gastos este ano, R$ 24,5 bilhões foram destinados a benefícios previdenciários, o que representou cerca de 24,2% do aumento total das despesas. Outros gastos expressivos, como o Fundeb, abono salarial e seguro-desemprego, subiram R$ 22,4 bilhões em 2024 em comparação a 2023.
Os números mostram a necessidade de conter o avanço das despesas obrigatórias, diante deste cenário, o governo já se prepara para fazer ajustes em gastos em programas sociais importantes, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Fundeb, seguro-desemprego e abono salarial. As informações são do Poder360.