Os grupos terroristas Hamas (da Palestina), o Hezbollah (do Líbano) e os Houthis (do Iêmen) lamentaram a morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi, e de líderes estatais do país islâmico. O helicóptero que transportava o “carniceiro de teerã” caiu na região de Kalibar e Warzghan, na província do Azerbaijão Oriental, no domingo (19).
Em comunicado, o Hamas disse que os líderes mortos “apoiaram a luta legítima” dos palestinos e “contra a entidade sionista [Israel], forneceram valioso apoio à resistência palestina e fizeram grande esforço em solidariedade e apoio” aos residentes de Gaza.
“Eles [líderes do Irã] também fizeram esforços políticos e diplomáticos significativos para parar a agressão sionista contra nosso povo palestino”, disse o grupo terrorista palestino.
Já o Hezbollah, do Líbano, afirmou que o ‘carniceiro de Teerã’ era um “protetor dos movimentos de resistência” e um “defensor ferrenho” das causas do grupo terrorista.
Já Mohammed Ali Al-Houthi, chefe do Comitê Supremo Revolucionário Houthi, prestou as condolências ao povo iraniano em publicação no seu perfil do X. “O povo iraniano continuará a ter líderes leais ao seu povo”, escreveu no antigo Twitter.
Ebrahim Raisi, conhecido como o “Carniceiro de Teerã”, ganhou esse apelido devido a alegações de envolvimento em diversas violações de direitos humanos, especialmente durante a repressão governamental a manifestantes e dissidentes no Irã.
Raisi é acusado de participação em um “comitê da morte” que supervisionou a execução de milhares de prisioneiros políticos no final da guerra Irã-Iraque, em 1988. Estima-se que entre 4.500 e 5.000 pessoas tenham sido executadas entre o final de julho e o início de setembro daquele ano.
Na época, Raisi, que tinha 28 anos, atuava no Ministério Público e é apontado como um dos principais responsáveis por essa onda de violência.
Durante seu mandato como presidente, Raisi também enfrentou acusações de violação de direitos humanos contra mulheres e minorias no Irã. Suas políticas repressivas e a resposta violenta às manifestações de protesto reforçaram seu apelido de “Carniceiro de Teerã”.
Gazeta Brasil