Indicado pelo Governo Lula para a Presidência da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) tem duas empresas ligadas ao setor de óleo e gás e petróleo. Uma das empresas tem o próprio petista como sócio. A outra tem como dona uma “holding” da qual ele é sócio.
Em nota, Prates negou qualquer irregularidade. Ele também afirmou que não existe conflito de interesses das empresas com a sua ida à estatal.
O petista é sócio da empresa “Carcará Petróleo”, que tem como atividade principal registrada “extração de petróleo e gás natural”. Já as atividades secundárias são: “atividades de estudos geológicos, representantes comerciais e agentes do comércio de combustíveis, minerais, produtos siderúrgicos e químicos, serviços de engenharia e holdings de instituições não-financeiras”.
A empresa ligada ao petista foi aberta em maio de 2000 e consta como ativa no sistema da Receita.
A outra empresa ligada a Prates é a “Bioconsultants Consultoria em Recursos Naturais e Meio Ambiente Ltda”.
Nessa empresa, ele figura como sócio de uma holding, a “Singleton Participações Imobiliárias”, esta que consta como sócia da Bioconsultants.
O senador petista afirmou em nota que a “Carcará é uma empresa que está inativa”. “Jean Paul Prates aguarda a regularização da empresa para formalizar sua saída”, afirmou sua assessoria.
Apesar disso, no sistema da Receita disponível ao público, a empresa consta como “ativa”.
O mesmo foi alegado por Prates em relação à empresa Bioconsultants: “A Singleton [holding da qual Prates é sócio] possui participação na Bioconsultants. A empresa, no entanto está inativa junto a Receita Federal”. No site da Receita, a empresa consta como ativa.
“Todos esses esclarecimentos, bem como os documentos comprobatórios sobre os fatos aqui apresentados vão ser encaminhados à Petrobras, quando da indicação do nome de Jean Paul Prates, para exame pelo Comitê de Elegibilidade da empresa encarregado de apresentar um relatório sobre o currículo dos candidatos ao Conselho de Administração”, completou.
Prates diz ainda que “em relação à participação societária de Jean Paul Prates em empresas que estão inativas há alguns anos, é preciso deixar claro que não há nenhuma necessidade legal ou de conformidade dele se manter ou não como sócio desses empreendimentos. No entanto, como a transparência sempre foi um princípio defendido em toda a vida pública de Jean Paul Prates, ele decidiu-se pelo desligamento da estrutura societária dessas empresas, mantendo apenas a holding Singleton ativa com o objetivo de administrar imóveis de sua propriedade”.
Gazeta Brasil