Com o aumento de crédito, diminuição dos juros e aumento do gasto público a situação pode se tornar perigosa.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referentes ao mês de abril de 2024, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do mês de abril subiu de 0,16% para 0,38%. O IPCA considera o custo mensal para quem recebe de 1 a 40 salários mínimos.
O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) aumentou de 0,19% para 0,37%. O INPC considera o custo mensal para quem recebe de 1 a 5 salários, que é o grupo mais sensível ao aumento dos preços e que consomem bens essenciais usando todo ou grande parte da renda mensal.
Outro dado que também subiu foi o IPP (Índice de Preços ao Produtor), que tem subido desde maio de 2023 quando estava com deflação de 2,88% e que no mês de abril de 2024 chegou a 0,35% de inflação.
Tendência de mais aumento dos preços
Outras más notícias foram publicadas pela Forbes em dezembro de 2023, de acordo com Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities em Sydney, o El Niño iria ser um dos principais inimigos da produção agrícola no Brasil, causando secas e outras perturbações no clima. De acordo com ele, a China estaria até mesmo comprando altas quantidades de grãos para estoque.
Na época, Ole Houe fez uma análise no qual indicava os problemas na produção de arroz, trigo, óleo de palma e outros produtos agrícolas. Agora, devido aos alagamentos que ocorreram devido às grandes chuvas no Rio Grande do Sul, a produção desses alimentos foi mais afetada ainda.
O governo do RS diz que há produção em estoque, porém, ainda sim, não há infraestrutura para transporte seguro das cargas de alimentos.
O preço do m² que estava 0,7% no mês de março também subiu para 0,41% no mês de abril, mostrando aumento também nos aluguéis.
Os dados na verdade mostram uma tendência de aumento dos preços em cadeia e em todos os lugares do país, visto que o preço dos alimentos subiram 0,70% em um mês e o preço aos produtores têm subido a muito tempo, de -2,88 para 0,35%, o que em algum momento deverá ser repassado aos consumidores, porém, ainda não tem sido assim.
De acordo com dados publicados pelo Trading Economics, a culpa que em parte é do clima, em outra parte é do governo que tem pressionado o Banco Central para diminuir os juros ao mesmo tempo em que aumenta o dinheiro em circulação enquanto diz que a inflação está sob controle. Política oposta à utilizada atualmente nos Estados Unidos e que se tem demonstrado eficiente para diminuir a inflação do país norte-americano.
POR REDAÇÃO EPOCH TIMES BRASIL