O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, expressou preocupação com a demora do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em liberar as medidas anunciadas para as empresas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Segundo Solmucci, a partir de 1º de junho, as companhias terão que emitir a folha de pagamento referente ao mês de maio, quando muitas delas não faturaram devido às enchentes. Ele enfatizou a urgência na implementação de apoio às empresas.
Comparando as ações atuais com o que foi aprovado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia, Solmucci destacou que o ex-presidente Bolsonaro concretizou projetos “eficientes” para o comércio em apenas 3 semanas. Um exemplo mencionado foi o programa de redução de jornada e suspensão de contratos, conhecido como BEm (Benefício Emergencial para Preservação do Emprego e da Renda).
No entanto, Solmucci ressaltou que, até o momento, nenhum recurso das medidas anunciadas para o Rio Grande do Sul chegou efetivamente às empresas afetadas. Ele alertou que essa letargia pode resultar na destruição de empresas e empregos. A situação é crítica, especialmente considerando que parte do setor está enfrentando dificuldades:
- 22% das empresas estão totalmente ilhadas.
- 19% enfrentam bloqueios no acesso.
- 30% tiveram seus empregados atingidos pelos alagamentos.
Além disso, mais da metade (94%) das empresas que conseguiram manter as portas abertas estão sem água. A associação destaca a gravíssima falta de sensibilidade em relação à urgência do socorro necessário para honrar os compromissos salariais.
Quanto aos impostos, o governo concedeu um maior prazo para o pagamento de tributos e encargos trabalhistas, como o FGTS. No entanto, mesmo que a situação econômica na região não normalize nos próximos meses, os impostos terão que ser pagos futuramente. A questão permanece: como as empresas que terão seus negócios fechados por 1 a 2 meses conseguirão pagar todas as parcelas adiadas?.
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