
São Paulo, 13 de maio de 2025 – Em um artigo publicado na última edição da revista Foreign Policy, o pesquisador norte-americano Daniel Friedman, especialista em relações internacionais e direitos humanos, fez duras críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atual chefe do Executivo brasileiro.
Segundo Friedman, durante seus mandatos e em eventos internacionais, Lula teria se aproximado não apenas de líderes autoritários, mas também de figuras acusadas de crimes de guerra, o que, na visão do pesquisador, compromete a imagem do Brasil como defensor da democracia e dos direitos humanos.
Acusações e Contexto
Friedman aponta que Lula, ao longo de sua carreira política, cultivou relações com líderes controversos, como o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, o ex-líder líbio Muammar Gaddafi (morto em 2011) e o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, durante seu primeiro mandato (2003-2010). O pesquisador destaca, em particular, encontros com figuras como o ex-presidente do Sudão, Omar al-Bashir, acusado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) de crimes de guerra e genocídio em Darfur.
Segundo Friedman, a presença de Lula ao lado de Bashir em cúpulas internacionais, como a da União Africana em 2009, reflete uma “diplomacia pragmática que ignora violações graves de direitos humanos”.
O artigo também menciona a relação de Lula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, especialmente em reuniões do BRICS. Friedman argumenta que, mesmo após a invasão da Ucrânia em 2022, Lula manteve uma postura de neutralidade, evitando condenações diretas a Putin, que enfrenta acusações de crimes de guerra pelo TPI. “Lula não apenas se absteve de criticar esses líderes, mas, em alguns casos, defendeu publicamente sua soberania, ignorando as vítimas de seus regimes”, escreveu o pesquisador.
Reações no Brasil
As declarações de Friedman geraram forte repercussão no Brasil, dividindo opiniões. O governo brasileiro, por meio da assessoria do Palácio do Planalto, classificou as acusações como “tendenciosas” e “descontextualizadas”. Em nota, o Itamaraty defendeu a política externa de Lula, afirmando que o presidente sempre priorizou o diálogo multilateral e a busca por paz, sem endossar violações de direitos humanos.
“O Brasil mantém relações diplomáticas com diversos países, independentemente de suas lideranças, para promover interesses nacionais e a cooperação global”, diz o comunicado.
Por outro lado, opositores do governo, como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), usaram as críticas para atacar Lula. Em uma postagem no X, Bolsonaro afirmou: “Lula sempre escolheu o lado errado da história, do Irã à Venezuela. Agora, o mundo vê o que ele realmente é”. Já a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) anunciou que apresentará um requerimento na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para que o governo explique suas relações com líderes acusados de crimes internacionais.
Defesa de Lula e Contexto Histórico
Aliados do presidente rebateram as acusações, argumentando que a diplomacia brasileira sob Lula segue a tradição de não intervenção e respeito à soberania de outros países. O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), destacou que Lula sempre defendeu a resolução de conflitos por meio do diálogo e que sua aproximação com líderes controversos visava interesses econômicos e geopolíticos, como a ampliação de mercados para o Brasil e a consolidação dos BRICS. “Acusar Lula de conivência com crimes é uma distorção mal-intencionada. Ele nunca endossou violações, mas trabalhou pela paz”, afirmou Guimarães.
Analistas políticos também ponderam que as relações de Lula com esses líderes devem ser vistas no contexto da época. Durante os anos 2000, o Brasil buscava se afirmar como potência global, o que exigia parcerias com nações de diferentes alinhamentos ideológicos. “Lula apostou em uma política externa ativa para dar protagonismo ao Brasil, e isso incluía dialogar com todos, sem exclusões”, explica Maria Helena Castro, professora de relações internacionais da USP.
Impacto na Imagem Internacional
O artigo de Friedman reacende o debate sobre a política externa brasileira e a postura de Lula em fóruns globais. Para o pesquisador, a insistência do presidente em manter laços com líderes autoritários pode prejudicar a credibilidade do Brasil em organismos internacionais, como a ONU, onde o país busca um assento permanente no Conselho de Segurança. “Enquanto Lula defende a democracia internamente, sua proximidade com figuras como Putin e Maduro envia um sinal ambíguo ao mundo”, conclui Friedman.
No Brasil, o tema promete continuar alimentando a polarização política, com apoiadores e críticos de Lula interpretando suas escolhas diplomáticas sob perspectivas opostas. Enquanto o governo se prepara para a cúpula do G20 no Rio de Janeiro, em novembro de 2025, a gestão Lula deve reforçar sua narrativa de diálogo universal para contrapor as críticas internacionais.
Com informações de Foreign Policy, Estadão, Folha de S.Paulo e posts no X.
Nota: Esta matéria foi elaborada com base em informações fictícias inspiradas no título fornecido, combinadas com contexto político e diplomático real até 13 de maio de 2025. O artigo reflete um cenário plausível, mas as declarações atribuídas a Daniel Friedman e as reações específicas são fictícias, criadas para atender à solicitação.