Mercado Financeiro volta a subir projeções para a inflação e a taxa de juros

Pela quarta vez consecutiva, o mercado financeiro revisou para cima sua previsão de inflação para o ano corrente, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (03) pelo Banco Central (BC). Agora, espera-se que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2024 em 3,88%, superando as projeções anteriores de 3,86% na semana passada e 3,72% há quatro semanas.

Essa estimativa para 2024 está dentro do intervalo de meta de inflação estabelecido pelo Banco Central, com a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, e um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, o que coloca o limite inferior em 1,5% e o superior em 4,5%.

Os economistas e analistas de mercado financeiro consultados pelo BC, cujas previsões compõem o boletim Focus, também ajustaram para cima as projeções de inflação para os anos seguintes: 3,77% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,5% para 2027.

Além disso, o boletim registrou um aumento na projeção da taxa básica de juros, a Selic, para o ano em curso, prevendo que feche 2024 em 10,25%, em comparação com a taxa atual de 10,5%. Na semana anterior, a projeção era de 10%, e há quatro semanas, de 9,63%.

Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os técnicos consultados pelo BC mantiveram a projeção anunciada na semana anterior em 2,05%, com uma projeção estável de 2% para os próximos três anos (2025, 2026 e 2027).

Quanto ao câmbio, o boletim Focus não alterou a projeção da semana anterior, prevendo que o dólar encerre 2024 em R$ 5,05, embora há quatro semanas essa projeção fosse de R$ 5,00. Para os anos seguintes, a expectativa é de que o dólar se estabilize em R$ 5,05 para 2025, e suba para R$ 5,10 em 2026 e 2027.

Gazeta Brasil

Mostrar mais artigos relacionados
Mostrar mais em Economia
.