País sofre uma grave escassez de medicamentos, produtos básicos e também atravessa a terceira e pior onda de Covid-19
Milhares de cubanos saíram às ruas de Havana e outras cidades do país neste domingo, 11, para protestar contra o governo.
Os manifestantes pediam “liberdade” e “abaixo à ditadura”, além de protestarem contra a crise econômica e sanitária.
Houve confronto com as forças de Segurança no Parque da Fraternidade, onde mais de mil pessoas se reuniram diante da forte presença de militares e policiais, que levaram muitas pessoas presas.
Houve também grupos organizados de apoiadores do governo, que gritaram “Eu sou Fidel” ou “Canel, meu amigo, o povo está contigo”, em alusão ao presidente Miguel Díaz-Canel. O protesto fez história, já que é a primeira vez que um grande grupo de cubanos sai às ruas de Havana para protestar contra o governo desde a crise econômica de 1994.
Cuba sofre uma grave escassez de medicamentos, produtos básicos e também atravessa a terceira e pior onda de Covid-19. O presidente cubano Miguel Díaz-Canel acusou “mercenários pagos pelo governo dos EUA” de organizarem os protestos.
Mais tarde, falou ao vivo na televisão estatal e pediu para que seus apoiadores estejam prontos para o “combate” em resposta aos atos. Após as manifestações, o serviço de internet móvel em todo o país foi cortado, presumivelmente para impedir a divulgação de vídeos dos protestos e reduzir a capacidade de reunião dos participantes.
Por EFE