Mourão denunciou a ‘implantação de regime autoritário’ de forma que ‘nem Hitler ousou’ após ação contra membros do governo passado e militares
O ex-vice-presidente Hamilton Mourão denunciou a “implantação de regime autoritário de fato no País”, após as operações da Polícia Federal desta quinta (8), que tiveram como alvo integrantes do governo Bolsonaro e militares da ativa. Para o atual senador, as ações são “devassa persecutória” e “revanche das oligarquias”. Veja abaixo o discurso proferido da Tribuna do Senado.
“Perseguem-se homens de honra, que dedicaram suas vidas ao serviço da Pátria. Ao mesmo tempo em que corruptos são aquinhoados com o perdão de suas dívidas e a bandidagem que massacra a nossa população está livre”, resumiu.
Foram alvos de buscas da PF o ex-presidente Jair Bolsonaro, os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Braga Netto (Casa Civil) e Augusto Heleno (GSI). Notícias deram conta da prisão por posse ilegal de arm do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, outro alvo da operação, mas a deputada Silvia Waiãpi negou a informação através das suas redes sociais. Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores do ex-presidente, foram presos preventivamente por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Sem Justiça Militar
Para o general da reserva Mourão, comandantes das Forças Armadas não podem se omitir diante da “condução arbitrária de processos ilegais ao largo da Justiça Militar” já que existem oficiais, incluindo generais, atingidos. A prerrogativa de julgar integrantes da ativa das Forças Armadas é da Justiça Militar. “Nem Hitler ousou isso no começo da sua ascensão ao poder”, destacou.
Reação aos ‘arbítrios’
Mourão pediu reação pacífica e dentro da Lei, com entrevistas, redes sociais etc., para cobrar “arbítrios” do STF e impedir a “implantação de regime autoritário”.
“Lamentavelmente a Suprema Corte se torna instrumento das oligarquias regionais, que querem subjugar o País ao seu jogo de corrupção”, criticou o parlamentar. Mourão definiu o PT como apenas uma “fachada para que os verdadeiros donos do poder façam o que querem e bem entendem”.
Diário do Poder