Nova queda na bolsa brasileira assusta investidores

Apesar de números melhores que o esperado para o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), os juros futuros no Brasil subiram na sessão desta terça-feira, 28, pressionando o principal índice acionário do país.

A prévia do índice oficial de inflação mostrou uma aceleração de 0,44% em maio, contra uma expectativa de alta de 0,47%. Na leitura anual, o IPCA-15 ficou em 3,70% nos doze meses até maio, abaixo da estimativa de 3,74%.

Após a divulgação desses dados, as taxas de juros futuros caíram e o Ibovespa operou em alta. No entanto, no início da tarde, o mau humor externo com o leilão de títulos americanos, que teve baixa procura, mudou o cenário no mercado financeiro brasileiro.

As taxas locais seguiram o movimento americano e começaram a subir. No fechamento, quase todos os vencimentos apresentaram alta em comparação com o ajuste do dia anterior. Os papéis com prazo mais longo avançaram até 10 pontos base, enquanto os de prazo curto mantiveram a precificação do fim do ciclo de cortes da Selic.

Com juros mais elevados, as ações do Ibovespa se descolaram dos mercados acionários americanos. Enquanto as bolsas em Wall Street encerraram o dia em alta (S&P 500 +0,02%; Nasdaq +0,52%), o índice brasileiro não resistiu e caiu para 123,8 mil pontos, o menor patamar desde novembro do ano passado.

Vale (-2,16%) foi a principal contribuição negativa, devido à queda do minério de ferro no mercado internacional. Ambev (-1,86%) e Itaú (-0,54%) também estiveram entre os maiores detratores da sessão.

No lado positivo, as ações da Petrobras (+2,13% PN; 1,76% ON) lideraram as contribuições positivas, após uma coletiva de Magda Chambriard, nova presidente da estatal, que tranquilizou os investidores. As ações de Isa Cteep (+1,09%) e Santander (+1,12%) também se destacaram entre os resultados positivos.

O dólar recuou 0,21% em relação ao real e encerrou o dia cotado a 5,16 reais.

Terra Brasil Notícias

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