
(Presidência da República) Ricardo Stuckert/PR
A proposta de taxação das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), anunciada em 8 de setembro de 2025, pode elevar os preços dos alimentos e da casa própria no Brasil, segundo representantes dos setores afetados.
Atualmente isentas de Imposto de Renda, as LCIs e LCAs são instrumentos financeiros usados para captar recursos para o mercado imobiliário e o agronegócio. A introdução de um imposto de 5% sobre esses investimentos, conforme apontado em posts no X e análises da FGV/IBRE, pode aumentar o custo de financiamento em ambos os setores.
No setor imobiliário, a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e outras entidades estimam que a taxação das LCIs eleve as taxas de financiamento SBPE em cerca de 0,5%, encarecendo as parcelas de imóveis e dificultando o acesso à casa própria. No agronegócio, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) destaca que as LCAs financiam 43% do crédito agrícola privado, e a tributação pode aumentar os custos de produção, com repasse de 3% a 5% nos preços dos alimentos, como arroz, feijão, carnes e óleos vegetais.
Essa medida visa compensar a redução do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), que enfrenta resistência no Congresso. Críticas, como as expressas em posts no X, sugerem que o aumento de custos será repassado aos consumidores, impactando especialmente os mais pobres, e pode reforçar narrativas de conflito entre classes. Por outro lado, a reforma tributária sancionada em 16 de janeiro de 2025 prevê isenção de impostos para a cesta básica a partir de 2027, o que pode mitigar parte do impacto nos alimentos, mas não neutraliza os efeitos imediatos da taxação das LCAs. O impacto final dependerá da oferta, demanda e da capacidade do mercado de absorver esses custos.
Grok/X