As Nações Unidas revisaram significativamente suas estimativas anteriores sobre o número de mulheres e crianças mortas em Gaza, de acordo com dados recentemente atualizados da ONU. Inicialmente, os números divulgados em 6 de maio relataram mais de 9.500 mulheres e 14.500 crianças entre as vítimas. No entanto, dados publicados apenas dois dias depois, em 8 de maio, mostram uma diminuição substancial, listando 4.959 mulheres e 7.797 crianças falecidas.
Essa ajuste eleva o total de mortes em Gaza para 34.844 até o final de abril, com homens representando a maior proporção das fatalidades, em 40%. A ONU não conseguiu verificar independentemente esses números e emitiu avisos sobre sua precisão. A discrepância nos números foi atribuída à possível manipulação pelas fontes que fornecem os dados, principalmente o Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas e o Escritório de Mídia Governamental em Gaza. As preocupações sobre a precisão desses números de vítimas são de longa data, destacadas por um relatório de janeiro do Instituto de Política do Oriente Médio de Washington que identificou inconsistências significativas, sugerindo manipulação.
Especialistas como o professor Abraham Wyner criticaram a probabilidade estatística das taxas de morte relatadas, apontando que o aumento consistentemente uniforme nos números de fatalidades não reflete a natureza errática da guerra e é estatisticamente improvável. Essas revisões e as questões em torno delas sublinham os desafios contínuos na obtenção de dados confiáveis de vítimas em zonas de conflito.
Por Hoje Mundo Militar
