Intenções de voto em Bolsonaro subiram de 28% para 32%, e em Lula caíram de 42,2% para 40,6% no primeiro turno em relação à edição anterior
São Paulo/Brasília, 10 de maio – A nova pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes, divulgada nesta terça-feira, mostrou que o presidente Jair Bolsonaro apresentou crescimento e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva queda nas intenções de voto para as eleições de outubro.
As intenções de voto em Bolsonaro cresceram de 28% para 32% no primeiro turno, enquanto em Lula caíram de 42,2% para 40,6%– ambos em relação ao levantamento anterior, realizado pela CNT em fevereiro.
A melhora de Bolsonaro sugere que a saída de Sergio Moro da disputa ao Palácio do Planalto pode tê-lo beneficiado, embora a pesquisa não mencione o fato. Essa é a primeira rodada do levantamento sem o nome de Moro, que em fevereiro tinha 6,4% das intenções de voto. Já a piora de Lula pode englobar tanto a fase de recuperação parcial do atual presidente quanto a desaceleração ao candidato do PT identificada em outros levantamentos recentes.
A chamada ‘terceira via’ também registrou melhor desempenho. Os ex-governadores Ciro Gomes e João Doria tiveram 7,1% e 3,1% das intenções de voto, respectivamente, registrando um melhor aproveitamento em relação à última pesquisa, quando Gomes angariava 6,7% e Doria, 1,8%. Andre Janones e Simone Tebet também avançaram nesta rodada, para 2,5% e 2,3%, respectivamente, em um cenário que sugere que a saída de Moro também pode ter contribuído para a melhora dos quatro candidatos.
Lula e Bolsonaro somaram, portanto, 72,6% da preferência de quem declarou o voto. Já a ‘terceira via’ somou 15,3%. Brancos, nulos e indecisos chegaram a 12,1%.
No segundo turno, o atual presidente avançou de 35,3% para 36,8%, enquanto Lula diminuiu o favoritismo, ao cair de 53,2% para 50,8%.
A CNT também perguntou aos entrevistados sobre a definição do voto. O voto no ex-presidente Lula é “definitivo” para 78,1% deles, enquanto 21,9% dos entrevistados afirmaram que podem mudar de opinião. Para 82,1% dos entrevistados, o voto em Bolsonaro é “definitivo”, enquanto 17,9% demonstraram ser possível mudar de ideia.
Segundo a pesquisa, 70,5% dos ouvidos disseram ainda que não mudariam voto para garantir ou evitar que ocorra o segundo turno. Por outro lado, 22,7% mudariam a escolha.
Outra questão abordada pelo levantamento foi a situação que levaria os entrevistados a mudarem seu voto. Do total, 28,4% afirmaram que mudariam a escolha para facilitar que outro candidato, que não seja Bolsonaro ou Lula, chegue ao segundo turno.
Outros 25,7% mudariam o voto para dificultar a vitória do atual presidente no primeiro turno e 21,5% mudariam a escolha para facilitar a vitória de Lula.
A avaliação positiva da gestão de Bolsonaro cresceu de 25,9% para 30,4%, segundo a CNT/MDA. A análise negativa do governo também avançou de 42,7% para 43,6%.
O levantamento ouviu 2.002 mil eleitores, por telefone, entre 4 e 7 de maio. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%.
Texto: Cintia Thomaz e Leopoldo Vieira
Edição: Gabriela Guedes
Imagem: Vinícius Martins / Mover
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