
Brasília: Prédio da Caixa Econômica Federal. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (25), a Operação Subversivos, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de causar prejuízos milionários à Caixa Econômica Federal por meio de arrombamentos de caixas eletrônicos em cidades do interior do Piauí e outros estados.
Entre os investigados, estão agentes públicos, incluindo policiais militares, que teriam repassado informações privilegiadas para facilitar os crimes, segundo a PF. A operação resultou na prisão de três suspeitos e na apreensão de bens em Teresina e Altos (PI).
Esquema Criminoso e Envolvimento de Agentes Públicos
A organização, originária de Santa Catarina, utilizava ferramentas elétricas e instrumentos de corte para violar terminais de autoatendimento, subtraindo grandes quantias em dinheiro. Pelo menos cinco ações criminosas foram confirmadas no Piauí, com prejuízos que, segundo estimativas iniciais, ultrapassam milhões de reais.
A PF identificou que agentes públicos, incluindo dois policiais militares, forneciam dados estratégicos, como a localização de viaturas e horários de menor vigilância, permitindo a execução dos roubos com maior precisão.
Durante o cumprimento dos mandados, um dos policiais tentou destruir seu celular para ocultar evidências, mas foi detido. A operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e três de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Federal Criminal do Piauí. A ação contou com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) e da Corregedoria da Polícia Militar do Piauí.
Desdobramento de Operação Anterior
A Operação Subversivos é um desdobramento da Operação Muros Baixos, realizada há 45 dias, que prendeu dois suspeitos planejando ataques a caixas eletrônicos durante o Carnaval em Altos e outras cidades da região metropolitana de Teresina. As investigações apontaram que o grupo atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas entre membros responsáveis pelo arrombamento, vigilância e lavagem do dinheiro roubado.
Postagens no X, como as da
@CNNBrasil e @Metropoles, destacaram a gravidade do envolvimento de agentes públicos, com usuários como @MachadoDarlo reforçando que “policiais facilitaram os crimes”. A operação também gerou indignação nas redes, com
@LidiaConta questionando “o que está acontecendo com o Brasil” diante da sequência de fraudes envolvendo instituições públicas.
Outros Casos de Fraudes na Caixa
O caso se soma a outras investigações recentes da PF contra fraudes na Caixa Econômica Federal. Em março, um funcionário terceirizado foi preso em flagrante no Rio de Janeiro por alterar dados de mais de 400 clientes, incluindo beneficiários do Bolsa Família, causando um prejuízo de R$ 1 milhão.
Em abril, a PF revelou um golpe que desviou R$ 2 bilhões do FGTS e programas sociais via aplicativo Caixa Tem, com participação de servidores da instituição. Apesar da demissão dos envolvidos e promessas de ressarcimento, o processo de devolução às vítimas tem sido lento, segundo o site O Petróleo.
A Caixa informou que colabora com as investigações, fornecendo informações sigilosas à PF, e que investe em tecnologias como biometria e inteligência artificial para prevenir novos golpes. O banco orienta clientes a contestarem movimentações suspeitas em qualquer agência, mas não se pronunciou especificamente sobre a Operação Subversivos até o momento.
Próximos Passos e Punições
Os investigados na Operação Subversivos podem responder por furto qualificado mediante arrombamento, associação criminosa, corrupção passiva e outros crimes ainda em apuração, com penas que, somadas, podem ultrapassar 30 anos de prisão. A PF segue analisando materiais apreendidos, como celulares e documentos, para identificar outros envolvidos e esclarecer a extensão do esquema.
O caso reforça a vulnerabilidade de instituições financeiras públicas e a necessidade de maior integração entre órgãos de segurança e sistemas de monitoramento. Enquanto as investigações avançam, a participação de agentes públicos no esquema alimenta debates sobre corrupção e impunidade, com pressão por punições rigorosas e medidas preventivas mais eficazes.
Com informações de CNN Brasil, Metrópoles, O Petróleo, G1 e postagens no X.
Nota do Autor: A matéria reflete os fatos apurados pela Operação Subversivos e contextualiza o caso com outras fraudes recentes na Caixa, com base em fontes confiáveis. O envolvimento de agentes públicos, especialmente policiais, é um agravante que exige respostas firmes das autoridades. A apuração deve esclarecer a dimensão dos prejuízos e garantir a responsabilização dos culpados, além de reforçar a segurança de sistemas financeiros públicos.