O preço médio do litro da gasolina nos postos de combustíveis brasileiros subiu 2,68% na última semana, atingindo R$ 6,13. O aumento, registrado entre 14 e 20 de julho, segue a recente elevação do valor do combustível para as distribuidoras anunciada pela Petrobras no início do mês.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), este é o maior preço médio desde o início do governo Luiz Inácio Lula da Silva e a primeira vez que o litro da gasolina ultrapassa a marca de R$ 6 desde setembro de 2023, ajustado pela inflação.
Desde o último reajuste, a alta acumulada chegou a 5%, equivalente a R$ 0,29 por litro, quase o dobro do valor previsto pela Petrobras, que era de R$ 0,15 por litro. O aumento de julho foi o primeiro ajuste de preço nas refinarias da estatal desde a redução em outubro de 2023. Motivado pela alta do petróleo e do dólar, o reajuste não foi suficiente para alinhar o preço com as cotações internacionais. Na abertura do mercado desta quarta-feira, a gasolina nas refinarias estava 7%, ou R$ 0,22 por litro, abaixo da paridade de importação, conforme medido pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Esta diferença reflete a nova estratégia comercial da Petrobras, que deixou de usar a paridade de importação como único critério para a definição de preços, alinhando-se à promessa do presidente Lula de “abrasileirar” os preços.
Além da gasolina, o etanol hidratado também viu alta, sendo vendido a R$ 4,08 por litro em média, em comparação com R$ 3,96 na semana anterior. O diesel S-10 também registrou aumento de R$ 0,03 por litro nas refinarias, passando para R$ 6,04 por litro, com uma defasagem de 10%, ou R$ 0,37 por litro, em relação à paridade internacional. A Petrobras não ajusta o preço do diesel desde o final de 2023.
O gás de cozinha, reajustado há duas semanas, teve um aumento de R$ 2,11 por botijão de 13 quilos, alcançando R$ 103,86 na semana passada. A pesquisa semanal de preços da ANP foi reduzida este mês devido a cortes orçamentários, com uma diminuição de 43% no número de coletas e a redução do número de cidades pesquisadas de 459 para 358.
Gazeta Brasil