A pandemia da Covid-19 teve um impacto devastador no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de todos os estados brasileiros, segundo relatório apresentado nesta terça-feira (28) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud). O estudo, que analisa indicadores de desenvolvimento humano em um período de dez anos (2012 a 2021), revela um cenário preocupante em todo o país.
O relatório aponta que os efeitos da pandemia variaram de acordo com a realidade de cada estado. Roraima (-6,7%) e Amapá (-6,6%) foram os estados que registraram as maiores quedas no IDHM, enquanto o Distrito Federal (0,814), apesar de ter sofrido perdas, ainda se mantém na faixa de desenvolvimento humano muito alto.
Em termos nacionais, o IDHM recuou em pelo menos seis anos, voltando ao patamar de 2015. As três dimensões que compõem o índice – longevidade, educação e renda – foram impactadas negativamente. A longevidade e a renda recuaram para níveis anteriores a 2012, enquanto a educação regrediu para o patamar de 2019.
A dinâmica de perdas no desenvolvimento humano se repetiu em todos os estados brasileiros, com variações. Em 2021, seis estados retornaram à classificação de médio desenvolvimento humano, enquanto outros quatro retrocederam de muito alto para alto desenvolvimento humano.
Apesar dos desafios enfrentados após a pandemia, o Distrito Federal mantém o maior IDHM do país (0,814), classificado como desenvolvimento humano muito alto pelo Pnud. Em contrapartida, o Maranhão apresenta o IDHM mais baixo (0,676), destacando as disparidades regionais no Brasil.