Rússia Usou Brasil como “Fábrica de Espiões”, Afirma New York Times

Brasília, 21 de maio de 2025 – Uma investigação publicada pelo The New York Times revelou que a Rússia transformou o Brasil em uma base estratégica para a criação de espiões de elite, conhecidos como “ilegais”, que operam com identidades falsas para se infiltrar em outros países. Segundo a reportagem, o Brasil foi usado como uma “linha de montagem” para agentes secretos russos, que assumiam identidades brasileiras para atuar globalmente, sem a intenção de espionar o próprio Brasil, mas de usar o país como plataforma para operações internacionais.

A operação, liderada pelos serviços de inteligência russos, envolvia agentes que abandonavam suas identidades russas e adotavam personas brasileiras, muitas vezes vivendo anos no país para construir históricos convincentes. A Polícia Federal brasileira descobriu o esquema, que chamou a atenção de autoridades internacionais. Um caso notório foi o de um espião russo que tentou se infiltrar na Corte Penal Internacional (CPI) em Haia, usando uma identidade brasileira falsa, mas foi interceptado pelas autoridades holandesas.

A escolha do Brasil se deve à sua localização estratégica, população diversa e facilidade para criar identidades falsas, segundo o jornal. A investigação também aponta que o presidente Vladimir Putin teria supervisionado diretamente esse programa, descrito como uma operação audaciosa para expandir a influência russa globalmente.

Em 2023, o Brasil negou um pedido de extradição dos Estados Unidos para um suposto espião russo detido em território brasileiro, o que gerou tensões diplomáticas e especulações sobre a relação do país com Moscou. Além disso, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) identificou, em 2024, um espião russo atuando no corpo diplomático, que deixou o Brasil após ser descoberto.
A revelação gerou reações no Brasil. Posts no X destacam a surpresa e a preocupação com a vulnerabilidade do país a operações de espionagem, com hashtags como #RússiaNoBrasil ganhando tração. O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a matéria, mas a PF e a Abin devem intensificar investigações sobre redes de espionagem estrangeira.
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Fontes: The New York Times, X posts, BBC Brasil, GloboNews, VEJA

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