BRASÍLIA (Reuters) – Após debate intenso em plenário, já contaminado pelo clima eleitoral, a Câmara dos Deputados rejeitou nesta quarta-feira o regime de urgência para o projeto das chamadas fake news.
Recheada de polêmicas, a sessão dessa quarta já caminhava para uma possível rejeição do requerimento de urgência, tendência confirmada pelo placar de 249 votos contra 207 pela tramitação mais acelerada da proposta. Eram necessários ao menos 257 favoráveis à urgência.
A ideia do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que defendeu a discussão do projeto sem antecipação do debate eleitoral, era que a urgência pudesse ser aprovada nesta quarta e o mérito pudesse ter sua votação iniciada na próxima semana.
Mesmo o líder do governo na Casa, Ricardo Barros (PP-PR), contrário ao texto como esta no momento, alertou os colegas que caso o Parlamento não se pronuncie sobre o tema, restará ao Judiciário dar a palavra final.
Ainda assim, com parte das lideranças liberando suas bancadas por falta de consenso, o requerimento foi rejeitado.