Vendas de imóveis usados reagem e acumulam saldo positivo no Estado de São Paulo

Após começarem o ano em baixa, as vendas de casas e apartamentos usados registraram aumento de 18,11% em fevereiro na comparação com janeiro. Com esse resultado, o acumulado de 2024 chegou a 11%, de acordo com a Pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECISP) feita com 764 imobiliárias de 37 cidades paulistas.

O estudo mostra, ainda, que a alta nas vendas resultou dos índices positivos alcançados nas 4 regiões em que a pesquisa CRECISP divide o Estado: +27,75% na Capital; + 12,16% no Interior; + 18,34% no Litoral e + 16,12% na Grande São Paulo, formada pelas cidades de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Guarulhos e Osasco.

“Essa reação chega em boa hora e dá ânimo novo aos corretores. Além disso, acompanha os números de vendas de imóveis novos, que também estão positivos nesse primeiro bimestre. 49,21% das transações foram feitas por meio de financiamento bancário provando que, com juros mais baixos, o mercado se aquece ainda mais”, comentou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.

As negociações à vista também tiveram bastante representatividade em fevereiro, respondendo por 47,11% do total vendido. E tanto o parcelamento direto pelos proprietários quanto os negócios feitos por meio de consórcio ficaram, cada um, com uma fatia de 1,84% das transações.

Na Capital e no Litoral, os compradores optaram pelas casas aos apartamentos. Mas no Interior e no Grande ABC, o resultado foi inverso. E o crescimento nas vendas também reflete os descontos concedidos pelos proprietários, que variaram de 7,95% para imóveis nas periferias a 8,21% nas zonas nobres e 9,02% nas regiões centrais das cidades pesquisadas.

Casas e apartamentos com valores até R$ 400 mil foram maioria nas transações realizadas (54,74%).

 

Locações caem 6,12%

 

O movimento de locações teve sentido inverso ao das vendas em fevereiro na comparação com janeiro no Estado de SP. Segundo a Pesquisa CRECISP, houve queda de 6,12% no número de novos contratos de aluguel assinados pelas 764 imobiliárias consultadas pelo Conselho.

A análise foi feita levando em conta os percentuais das 4 regiões em que o estudo divide o estado, apresentando queda na Capital (-0,52%), no Interior (-14,59%), na Grande São Paulo (-4,68%) e somente aumento no Litoral (+42,94%).

O fiador e o seguro fiança quase empataram na preferência dos novos inquilinos com 33,96% e 31,38%, respectivamente. Na sequência, ficaram o depósito de 3 aluguéis (16,54%), a caução de imóveis (8,39%) as locações sem garantia (6,04%) e a cessão fiduciária (3,69%).

No que diz respeito aos cancelamentos de contratos de locação, as devoluções de chaves representaram 66,18% do total de novos contratos realizados em fevereiro em todo o Estado. 35,31% dessas devoluções foram por motivos financeiros.

Os locadores concederam descontos que chegaram a 5,57% para imóveis em áreas nobres, 6,9% para os de periferias e 7,91% para as casas e apartamentos nas regiões centrais.

A maioria dos imóveis alugados em fevereiro tinha valores de aluguel até R$ 1.500,00 (56,91%) e 78,76% dos contratos assinados eram para propriedades localizadas nas regiões centrais das cidades pesquisadas.

A pesquisa foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.

Sonia Servilheira
Chefe Depto. Comunicação
imprensa@crecisp.gov.br

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