Apesar de os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) geralmente se manifestarem na infância, muitas famílias não conseguem identificá-los e, consequentemente, não buscam ajuda médica. Essa falta de reconhecimento pode ter impactos significativos na vida de adolescentes e adultos com TDAH, afetando seus relacionamentos pessoais e desempenho profissional.
Sinais de TDAH na Vida Adulta
O TDAH em adultos é considerado um transtorno de desenvolvimento. Para o diagnóstico clínico, é necessário que os sintomas tenham se manifestado até os 12 anos de idade. Existem diferentes apresentações do TDAH:
- Déficit de Atenção: Algumas pessoas têm apenas dificuldade em manter a atenção.
- Hiperatividade: Outras manifestam apenas hiperatividade.
- Combinação: Há também aqueles que apresentam ambos os sintomas.
Estudos indicam que cerca de 20% das pessoas que tiveram TDAH na infância continuam a enfrentar o transtorno na vida adulta. Os sintomas podem afetar diversas áreas:
- Trabalho, Vida Social e Relações Familiares: A dificuldade de concentração pode prejudicar o desempenho no trabalho e nas relações pessoais.
- Gravidade: Em casos mais graves, a falta de foco pode até impedir que alguém com TDAH dirija um carro com segurança.
Aspectos Emocionais e Comportamentais
A psicóloga Edlamar Mendes, especialista em reabilitação neuropsicológica, destaca que o TDAH também impacta o campo emocional. Isso pode se manifestar como:
- Baixa Autoestima
- Ansiedade e Depressão
- Desempenho Ocupacional Reduzido
- Conflitos Conjugais
- Dificuldades no Trânsito
- Abuso de Substâncias
Além disso, existem comportamentos menos óbvios associados ao TDAH:
- Impulsividade e Oscilações de Humor: Dificuldades em manter relacionamentos sociais e interpessoais.
- Hiperfoco: Concentração excessiva em assuntos de interesse pessoal.
Tratamento do TDAH em Adultos
Rogério Panizzutti, neurocientista especializado em psiquiatria, enfatiza que o TDAH é uma condição médica que requer tratamento. O diagnóstico deve ser feito por um psiquiatra ou psicólogo capacitado, não apenas com base em testes de atenção.
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