Coreia do Norte alia-se a Russia e deve entrar na guerra contra a Ucrânia até segunda, afirma Zelensky

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Tropas da Coreia do Norte devem ser posicionadas nas linhas de combate da guerra entre a Rússia e a Ucrânia até a próxima segunda-feira (28), segundo o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. A informação foi dada nesta sexta-feira (25).

Durante declaração, Zelensky afirmou que, conforme informações de inteligência, os primeiros militares norte-coreanos serão utilizados pela Rússia nas zonas de combate nos dias 27 e 28 de outubro.

O ucraniano destacou que essa movimentação representa um claro passo de escalada por parte da Rússia, contradizendo a desinformação amplamente discutida em Kazan recentemente.

Zelensky enfatizou a necessidade de uma “reação firme e forte” dos líderes mundiais ao emprego das tropas norte-coreanas no conflito. Ele observou que a situação evidencia o verdadeiro objetivo da Rússia: a continuidade da guerra.

O presidente ucraniano acrescentou que a participação efetiva da Coreia do Norte nos combates deve ser respondida com pressão significativa sobre Moscou e Pyongyang, em defesa da Carta da ONU e para punir a escalada.

As tensões na região aumentaram nos últimos dias, após a agência de inteligência da Coreia do Sul revelar que, na semana passada, 1.500 tropas norte-coreanas haviam sido enviadas à Rússia. Esse número foi atualizado para 3 mil soldados, e as estimativas dos governos sul-coreano e ucraniano indicam que entre 10 e 12 mil soldados da Coreia do Norte podem ser enviados até dezembro.

Informações divulgadas pela inteligência militar ucraniana na quinta-feira indicam que as primeiras unidades de tropas norte-coreanas foram deslocadas para a região de Kursk, na fronteira da Rússia. A inteligência revelou que cerca de 12 mil soldados norte-coreanos já estão na Rússia, onde o treinamento está ocorrendo em cinco bases militares.

A possibilidade de envolvimento da Coreia do Norte no conflito eleva o nível de alerta e as tensões com a Coreia do Sul e países ocidentais membros da Otan. Os Estados Unidos, a Holanda e a própria Otan afirmaram ter provas do envio das tropas para a Rússia, considerando a situação como uma escalada “muito séria” do conflito. Autoridades de Seul informaram que estão avaliando fornecer armas à Ucrânia como resposta.

O líder russo, Vladimir Putin, afirmou que é da responsabilidade da Rússia decidir sobre o uso de tropas norte-coreanas, destacando que o país pode fazer o que quiser para garantir sua segurança.

Durante a cúpula do Brics, Putin não negou as alegações sobre o envio de tropas da Coreia do Norte, mas defendeu que cabe a Moscou executar sua cláusula de defesa mútua com Pyongyang.

Putin ainda acusou o Ocidente de intensificar a guerra na Ucrânia e de ter envolvimento direto na situação.

O russo também afirmou que o Exército russo está avançando em todas as frentes de batalha no território ucraniano, tendo encurralado um grande número de tropas na região de Kursk.

Em meio a esse contexto, parlamentares russos ratificaram, nesta quinta-feira, um pacto com a Coreia do Norte que prevê assistência militar mútua.

Gazeta Brasil

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