Fabricante da Covaxin rompe com Precisa e diz que documentos enviados ao governo eram falsos

A Bharat Biotech, empresa indiana que produz a vacina Covaxin contra a covid-19, rescindiu o contrato que tinha com a Precisa Medicamentos. As companhias tinham um memorando de entendimento, firmado em novembro de 2020, que dava à empresa brasileira o direito de vender o imunizante no país.

Em um comunicado, a Bharat Biotech disse que não reconhece dois documentos enviados pela Precisa Medicamentos ao Ministério da Saúde – ambos tinham assinaturas que, supostamente, era da farmacêutica indiana.

A empresa ainda afirmou que vai continuar tentando a aprovação necessária junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que a Covaxin possa ser utilizada no Brasil.

Foi com a Precisa Medicamento que o Ministério da Saúde assinou o contrato de compra da vacina Covaxin. A empresa brasileira era a única representante da Bharat Biotech no país. Agora, a companhia é investigada pela CPI da Covid por essa intermediação.

O contrato é investigado pelo Ministério Público Federal, pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União. O governo federal não chegou a efetuar o pagamento, mas o valor do contrato era de R$ 1,6 milhão para aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin.

A suspeita da CPI é que o Ministério da Saúde tenha pressionado funcionários para liberar a compra da Covaxin. Após as denúncias terem sido tornado públicas, a aquisição do imunizante foi suspensa. A vacina foi a mais cara negociada pelo governo federal, custando R$ 80,70.

Foi em decorrência do caso Covaxin que a Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por prevaricação. Ele teria sido alertado pelos irmão Miranda sobre possíveis irregularidades na compra da vacina, mas não teria agido.

 

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