O Taleban agora tem US $ 85 bilhões em equipamentos militares dos EUA, aviões com armas, helicópteros e muito mais.
você acabou de dar a terroristas um dinheiro para armas que 85% dos países do mundo não têm.
The Taliban now have $85billion of U.S. military equipment, weapons planes helicopters & more. @JoeBiden you just gave terrorist a weapons cash that 85% of countries in the world don’t have. #Afghanistan #JoeBiden #ISIS #ISISK #Taliban pic.twitter.com/G7pjrFfaRy
— The Academy (@BenjaminEnfield) August 27, 2021
Os talibãs têm vindo a pavonear-se nas redes sociais e nas ruas de Cabul com equipamento militar deixado pelos Estados Unidos às forças afegãs. Uniformes e botas de combate, balaclavas e coletes de proteção substituíram as tradicionais sandálias, túnicas, calças e turbante. E em vez das velhinhas espingardas Kalashnikov AK-47, os islamitas empunham agora M4 e M16 norte-americanas e, às vezes, usam óculos de visão noturna e miras avançadas.
“Devido à negligência desta Administração e à retirada do Afeganistão feita às pressas, deixaram equipamento no valor de 85 mil milhões de dólares nas mãos do nosso inimigo, os talibãs”, indigna-se Jim Banks, representante republicano no Congresso, um ex-oficial que em 2014 foi colocado no Afeganistão integrado na Marinha norte-americana enquanto responsável pelas Vendas Militares Externas.
“Se quaisquer destas armas ou este equipamento militar for utilizado para prejudicar, ferir ou matar um americano agora ou em qualquer momento no futuro, esse sangue estará nas mãos de Biden“, rematou na sua entrevista à revista do Townhall, um grupo de notícias norte-americano conservador.
A mesma publicação detalha que, “entre 2003 e 2016, foram transferidos 75.898 veículos terrestres, 599.690 armas, 162.643 equipamentos de comunicação, 208 aparelhos aéreos e 16.191 partes de equipamento de vigilância, informação e reconhecimento”, de acordo com um relatório do Gabinete de Contas da Administração.
“De 2017 a 2019, os Estados Unidos deram ainda às forças afegãs 7.035 metralhadoras, 4.702 Humvees, 20.040 granadas de mão, 2.520 bombas e 1.394 lançadores de morteiros, entre outro equipamento”, conforme um relatório de 2020 do SIGAR, acrescenta o The Hill.Onde pára tudo isto? Parte foi confiscada pelos talibãs, parte estará em parte incerta, levada por forças afegãs apostadas na resistência, outra ainda terá sido levado além fronteiras, ou desviada por senhores da guerra afegãos, por grupos armados ou por contrabandistas. Ninguém sabe ao certo.
A revelação foi feita por Alexander Mikheev, líder da exportadora estatal Rosoboronexport, à agência de notícias Interfax e indica uma estimativa consideravelmente superior ao inventário oficial.
Já há vídeos de combatentes talibãs a pilotar estes helicópteros, mas não surgiram ainda relatos de que tenham sido utilizados em combate. Mikheev acredita que muitos destes aparelhos não estejam operacionais por falta de manutenção.
O republicano Jim Banks sublinhou à Townhall que a sua missão enquanto oficial de aquisições no Afeganistão “era ajudar na compra e venda de equipamento militar americano, entrega-lo aos afegãos e treina-los a utilizá-lo”. Sabe por isso precisamente o que ficou para trás e enumera-o. Uns “75.000 veículos, mais de 200 aviões e helicópteros, mais de 600.000 armas de pequeno porte e armamento ligeiro”.
Sabe-se que, até 30 de junho, as forças afegãs tinham 211 aparelhos aéreos entregues pelos Estados Unidos no seu inventário, conforme foi referido num relatório do inspetor-geral para a Reconstrução do Afeganistão, SIGAR.
Pelo menos 46 destes aparelhos estão agora no Uzbequistão, uma antiga república soviética vizinha do Afeganistão que mantém aliada próxima da Rússia, para onde mais de 500 tropas afegãs fugiram a bordo dos aviões, durante o colapso de Cabul.
Ninguém sabe bem quanto armamento foi confiscado pelos talibãs, mas a Administração Biden reconhece que será “uma quantidade considerável”.
Decisão “deliberada”
A aposta, considerou por seu lado Elias Yousif, será que os talibãs poderão estar ansiosos de usar o armamento mais avançado, incluindo os aparelhos aéreos, mas não poderão mantê-lo operacional ou a voar no longo prazo, mesmo que conseguissem pilotos, devido à falta de peças e de manutenção.“Os afegãos e os Estados Unidos levaram muito tempo a desenvolver uma capacidade aérea localmente e mesmo então, eles dependiam dos norte-americanos para manter estes aviões no céu”, referiu o analista.
“O problema com todas as armas pequenas é que são bens duráveis e podem ser transferidas, vendidas. Já assistimos a isto antes, quando uma guerra termina e as armas ali deixadas aparecem depois em todos os cantos do mundo”.
“Ao ver as imagens do Afeganistão à medida que os talibãs retomavam o país, ficamos horrorizados por ver equipamento norte-americano – incluindo UH-60 Black Hawks – nas mãos dos talibãs”, referiu a carta assinada por 25 senadores liderados por Marco Rubio e enviada ao secretário de Defesa, Lloyd Austin.“É inconcebível que equipamento militar de alta-tecnologia pago pelos contribuintes norte-americanos tenha caído nas mãos dos talibãs e dos seus aliados terroristas”, acrescentava a missiva. “Garantir a segurança de bens norte-americanos devia ser uma das principais prioridades do Departamento de Defesa antes de anunciar a retirada do Afeganistão”.
“Há múltiplas escolhas a ponderar, incluindo a destruição”, afirmou Miller, concluindo que a decisão “ainda não foi tomada”.