Polícia de MS investiga se suicídio de guarda municipal ocorreu após ele estuprar enteada de 12 anos

Delegada diz que inquérito foi instaurado nesta terça (23), após boletim de ocorrência. “Foi levantada essa hipótese de crime e agora a polícia possui obrigação de investigar o caso”.

A Polícia Civil instaurou inquérito, nesta terça-feira (23), em Campo Grande, para investigar uma denúncia de estupro de vulnerável. O crime teria ocorrido pouco antes do suicídio de um guarda municipal, de 38 anos e a vítima seria uma menina de 12 anos, conforme afirmou ao G1 a delegada Marília de Brito, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca).

“Foi levantada essa hipótese de crime dele contra a enteada e agora a polícia possui a obrigação de investigar o caso. Estamos com um trâmite normal, legal e pertinente para dar uma resposta e qualquer informação inicial é temerária, então o boletim de ocorrência foi registrado, após a autoridade policial fazer levantamentos, inclusive com as testemunhas”, ressaltou a delegada.

Ainda conforme Marília, a perícia também esteve no local e “tomou as providências cabíveis”. “Precisamos conversar com a família ainda e entender se a esposa sabia ou não dos fatos. O trabalho inicial do delegado plantonista da Depac [Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário] e da perícia foi de suma importância, então precisamos investigar os fatos. A denúncia de estupro pode inclusive envolver outra pessoa, então, qualquer afirmação agora não seria prudente”, ressaltou.

Entenda o caso

O guarda municipal, segundo a polícia, teria usado a própria arma da corporação para cometer suicídio, no último sábado (20). O revólver, de calibre 38, foi recolhido, além das munições. O caso foi registrado inicialmente na Depac Centro.

“Enquanto sindicato estamos aguardando os laudos, o atestado de óbito e os possíveis exames feitos na criança, além da entrevista com a viúva. Isso demora cerca de 30 dias para ficar pronto e somente vamos nos pronunciar depois. Enquanto guarda municipal, era um profissional exemplar e inclusive dava aulas como professor de matemática no município”, finalizou o presidente do Sindicato da Guarda Municipal de Mato Grosso do Sul, Hudson Bonfim.

Por Graziela Rezende, G1 MS

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