Quem nunca entrou em desespero ao planejar aquela viagem de carro, realizar toda a manutenção do veículo, verificar o óleo, a água e motor, fazer a mala caber no bagageiro e… no meio do caminho o pneu acaba furando? Trocar pneu furado pode causar medo em muitos motoristas que não sabem ao certo como realizar o processo de troca da peça ou reconhecer que o pneu está mesmo danificado, mas pode ser mais prático e rápido trocar o pneu sozinho do que acionar o seguro para fazê-lo.
Quando um pneu fura é possível ouvir um barulho estranho, que não faz parte dos ruídos comuns de um carro quando este transita pela cidade ou pela estrada. E não é só isso: quando isso acontece, o veículo perde a estabilidade na pista e acaba não conseguindo andar em linha reta.
Caso o condutor identifique um pneu furado, ele não deve ficar rodando por muito tempo, porque, se ele desgastar demais, não terá mais conserto, ocasionando da perda dessa peça, que não é das mais baratas. Além dos imprevistos, quanto mais careca estiver o pneu, maior é a probabilidade de que ele estoure, oferecendo riscos à segurança de todos os passageiros.
Muitos pneus possuem indicadores de desgaste, que estão sempre no alto do costado, identificados por um triângulo ou pela expressão TWI, que são importantes para saber a hora exata de trocá-los. Também é fundamental sempre verificar o estado do estepe, pois ele irá substituir o pneu velho.
Verificar se ele está de acordo com as especificações do veículo, se está com a calibragem correta e em dia, e se está em um local de fácil alcance são as recomendações para não enfrentar problemas quando for surpreendido por um pneu furado no caminho.
No entanto, se for preciso enfrentar a missão de trocá-lo, não se assuste! É possível realizar a operação sozinho com facilidade e segurança. Veja o passo a passo para voltar à rota o mais rápido possível:
1. Ruídos
Ao perceber ruídos estranhos vindo da parte debaixo do carro ou notar que ele não está andando em linha reta, procure um lugar plano, estável e tranquilo para fazer a troca, de preferência o acostamento da pista ou um ponto para estacionar nas ruas das cidades, longe do tráfego intenso. Isso significa será preciso andar um pouco com o pneu furado até encontrar o melhor local para fazer a troca, em velocidade baixa.
2. Sinalização
Quem está enfrentando esse desafio deve sinalizar que o carro está passando por problemas com o triângulo laranja. O objeto deve ser colocado a uma distância mínima de 30 metros do veículo (passos largos equivalem a um metro), o pisca-alerta deve permanecer ligado e o freio e mão acionado, com a primeira marcha engatada.
Na estrada, é preciso triplicar a distância, principalmente se o automóvel está parado em uma curva. Apesar de ser item obrigatório de segurança dos veículos, se ele não estiver à disposição, será necessária outra forma de sinalização, como galhos de árvore.
3. Acessórios
Separar todos os acessórios que serão utilizados na troca do pneu, que geralmente ficam agrupados no porta-malas, facilita o processo e garante rapidez, principalmente quando o local não é seguro. Serão necessários: estepe, macaco e chave de roda.
4. Calota e macaco
Para iniciar a troca do pneu após desligar o carro, o primeiro passo é retirar a calota. Depois, é só posicionar o macaco em contato com a parte metálica do carro, geralmente estampado com um triângulo na lataria, e não com a de plástico, que pode quebrar. Consulte o manual do veículo para identificar o local correto.
5. Chave de roda e porcas
Com o carro ainda no chão, afrouxe as porcas girando a chave de roda no sentido anti-horário. A chave de roda funciona como uma alavanca, não sendo necessário o uso de força para soltar os parafusos. Caso estejam muito apertados, o motorista pode apoiar o pé e use o peso do corpo para soltá-los. Ainda não é necessário retirá-los totalmente.
6. Macaco
Depois, é preciso acionar o macaco para levantar o carro, verificando sempre se ele está estável (caso contrário, desça-o e reposicione-o) e retirar o resto dos parafusos.
É importante lembrar que não basta levantar o veículo até que o pneu furado saia do asfalto, pois o estepe cheio é mais alto do que o pneu vazio, por isso um espaço livre maior é o recomendado.
7. Estepe
Após a remoção do pneu murcho, colocar o estepe no eixo. Os parafusos devem ser encaixados e apertados um de cada vez e o suficiente para segurar o pneu. Caso o estepe tenha quatro furos, o processo de apertar os parafusos é feito em X e, para cinco, em formato de estrela.
Cuidado para alinhar o aro com os parafusos da roda: alguns carros possuem um pino-mestre que facilita a colocação do estepe no cubo de roda. Caso o veículo não possua essa peça, apoie o estepe com o pé e gire-o no cubo, até que os furos fiquem alinhados com os buracos do pneu.
8. Abaixar o carro
Em seguida, usar o macaco para abaixar o carro até que o estepe fique apoiado no chão. É nesse momento que os parafusos são apertados o máximo que for possível.
9. Cuidados
Depois disso já é possível colocar o carro completamente no chão, remover o macaco, dar uma última conferida nos parafusos e recolocar a calota. Guarde o pneu furado no lugar do estepe. Nunca o deixe na via, pois, além de poder ser reparado, ele pode causar acidentes. É recomendado não ficar rodando por muito tempo com o estepe, pois ele é apenas um substituto do pneu.
Mas, se você acha que ainda não está apto para trocar pneu… Chame o seguro auto, que resolve esse e muitos outros problemas!
Por Bem mais seguro
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