A ‘atrocidade’ que o politicamente correto pode causar em um dos maiores esportivos da história
Nos últimos anos, a pressão para o desenvolvimento de tecnologias elétricas para automóveis vem crescendo. O intuito é diminuir ao máximo a emissão de CO² e o gasto com combustíveis fósseis. Com isso, cada vez mais as montadoras apresentam modelos eletrificados.
Mas parece que o “politicamente correto” foi longe demais e entrou em uma área que, até então, parecia intocável, os de esportivos V8. Até existem modelos eletrificados com apelo esportivo, mas criados a partir do zero, como o Porsche Taycan. O que não é o caso do mais novo conceito da Ford, o Mustang Lithium.
O protótipo, como o nome indica, não utiliza um motor a combustão, mas sim um movido a baterias de litium. Que, segundo a marca, tem uma potência impressionante de 900 cavalos e 138,2kgfm de torque. O que não adianta de nada se não é acompanhado com o arrepiante ronco de um V8.
Desenvolvido em parceria com a Webasto, o Mustang Lithium não é apenas, segundo as empresas, um protótipo único para mostrar a eletrificação no esportivo mais vendido do mundo, mas também uma plataforma de teste para tecnologias de bateria e gerenciamento térmico que as marcas estão criando para o crescente segmento de mobilidade elétrica.
Para tentar desviar o foco para o fato de a marca está “matando” o muscle car, a Ford alega que ele é um besta eletrificada baixa e elegante. A carroceria é feita com componentes em fibra de carbono.
Segundo a americana, sob o capô existe uma verdadeira usina de força alimentada por um sistema de baterias de 800 volts e capaz de descarregar um mega-watt de energia elétrica. O que seria, de acordo com as empresas, um dos propulsores elétricos mais poderosos do mundo.
Tentando amenizar o fato de que o modelo não tem a pegada de um V8 vibrante, o Lithium utiliza — de forma impressionante e rara de se ver — uma transmissão manual MT82 de seis velocidades.
Além disso, os semi-eixos Ford Performance e o diferencial Super 8.8 Torsen ajudam a fornecer energia às rodas que calçam pneus Michelin Pilot Sport 4S. Os freios dianteiros da Brembo de seis pistões são os mesmos do Shelby GT350R.
Diário do Poder