Foto: José Cruz/Agência Brasil
Os servidores federais da educação iniciarão uma greve nacional indefinida a partir desta quarta-feira. O movimento, endossado pelo Sinasefe, contará com a participação de mais de 230 instituições educacionais em pelo menos 18 estados.
A paralisação incluirá docentes e equipe técnico-administrativa de Institutos Federais, Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Instituto Benjamin Constant e outras escolas federais ligadas ao Ministério da Defesa.
Reivindicações dos Servidores:
- Ajuste salarial entre 22,71% e 34,32%, variando conforme a categoria.
- Reestruturação das carreiras técnico-administrativas e docentes.
- Anulação de normativas que impactaram negativamente a educação federal durante os governos Temer e Bolsonaro.
- Restauração do orçamento, além de aumento imediato nos auxílios e bolsas estudantis.
A decisão pela greve foi tomada após assembleias desde 18 de março em 29 seções sindicais. A greve é nacional e por tempo indeterminado, conforme documento protocolado junto a diversos ministérios e ao Conif.
Posição do Governo:
- Em 2023, o Ministério da Gestão aprovou um aumento linear de 9% para todos os servidores federais e um incremento de 43,6% no auxílio-alimentação, marcando o primeiro acordo de reajuste em oito anos.
- No segundo semestre de 2023, começaram discussões sobre ajustes salariais para 2024, com mesas de negociação específicas para algumas carreiras.
- A recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal é uma prioridade, com esforços para atender demandas dentro dos limites orçamentários.
- Para a carreira de técnicos-administrativos educacionais, foi criado um grupo de trabalho pelos ministérios da Gestão e da Educação para discutir a reestruturação do plano de cargos. O relatório final foi entregue à ministra Esther Dweck para uso na proposta de reestruturação de carreira nas negociações.
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