Censo 2022 indica que Bahia manteve número de analfabetos no país; dados foram divulgados nesta sexta (17)
A Bahia manteve, pelo 31° ano consecutivo, o maior número de não analfabetos do país. Segundo o Censo 2022, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (17), 1.420.947 pessoas de 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever neste ano.
De acordo com o estudo, a faixa de analfabetismo em 2022 era de 12,6%. Ou seja, um a cada 10 habitantes do estado nessa faixa etária não havia dado início à educação básica.
Mas, ao longo dos anos houve avanços no estado. Ainda segundo o Censo, a Bahia foi o estado com a maior redação no índice da população não alfabetizada, com 308.350 pessoas. O desenvolvimento, de acordo com o IBGE, é um reflexo do número de habitantes nessa condição.
Bahia em comparação com cenário nacional
Em números proporcionais, a situação na Bahia é estável. O estado continua na 9ª maior taxa de analfabetismo do Brasil.
No país, em 2022, 11.403.801 pessoas com pelo menos 15 anos não sabiam ler ou escrever um bilhete, o que representa uma taxa de analfabetismo de 7%.
Os nove estados do Nordeste tem as piores taxas, com Alagoas (17,7%), Piauí (17,2%) e Paraíba (16%) nos primeiros lugares. Até 2022, isso significava que todos o estado concentrava quase metade de todos os analfabetos do Brasil.
Além disso, os índices mais baixos estão em Santa Catarina, onde cerca de 2,7% da população não sabia ler nem escrever. Logo em seguida aparece Distrito Federal (2,8%) e o Rio Grande do Sul (3,1%).
Analfabetos na Bahia (dados de 2022)
- Salvador tinha a menor taxa de analfabetismo da Bahia (3,5%) e a 13ª entre as 27 capitais
- Em números absolutos, a capital baiana era a quarta com maior número de analfabetos (69.481)
- 6 em cada 10 pessoas que não sabiam ler nem escrever tinham 55 anos ou mais
- Taxa de analfabetismo era maior entre os homens (13,8%) do que entre as mulheres (11,5%)
- Taxa de analfabetismo de pessoas indígenas é a maior (16%) e foi a que menos diminuiu em 12 anos
- Pessoas pardas (12,7%) e pretas (13,3%) tinham taxas de analfabetismo maiores do que o total da população baiana
Por I Bahia