A coqueluche teve um aumento alarmante de casos no estado de São Paulo, chegando a 139 registros de janeiro a início de junho deste ano, um aumento de 768,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando houve apenas 16 casos, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde.
A coqueluche, também conhecida como pertussis ou tosse comprida, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella. Especialmente perigosa para crianças, pode levar à insuficiência respiratória e até à morte.
A doença é altamente contagiosa, espalhando-se facilmente em climas mais frios e em ambientes fechados, como ocorre na primavera e no inverno. A transmissão se dá pelo contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas, sendo capaz de gerar até 17 casos secundários por infecção, um potencial comparável ao do sarampo e varicela, e muito maior do que o da COVID-19.
A vacinação é fundamental para prevenir a coqueluche. A vacina pentavalente, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é administrada aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços aos 15 meses e aos 4 anos com a vacina DTP. Gestantes, profissionais de saúde e cuidadores de crianças pequenas também são encorajados a se vacinar para proteger os grupos vulneráveis.
Tatiana Lang, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria de Saúde de São Paulo, destaca a importância da vacinação regular para manter a imunidade contra a coqueluche, apesar de sua eficácia em prevenir surtos. A cobertura vacinal no estado está em 76,3%, mas é essencial reforçar a conscientização sobre a importância da vacinação.
Os sintomas da coqueluche incluem febre leve, mal-estar geral, coriza e tosse seca na fase inicial (catarral), seguida por acessos de tosse intensa na fase paroxística, que podem comprometer a respiração. A fase convalescente é caracterizada pela diminuição gradual dos sintomas, embora a tosse possa persistir por meses.
Para mais informações sobre vacinação, o portal “Vacina 100 Dúvidas” oferece respostas às perguntas mais frequentes sobre vacinas, seus efeitos colaterais, eficácia e importância da imunização para prevenir doenças.
Gazeta Brasil