Combate à corrupção policial e contrabando em MS prendeu cúpula da Sejusp

A operação deflagrada contra a corrupção no meio da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul prendeu alta cúpula da segurança envolvidos no contrabando de cigarros vindos do Paraguai. Entre os presos estão ex-comandante do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Kleber Haddad Lane.
Confira os nomes dos presos, ex-comandante do DOF Kleber Haddad Lane que consta no portal da transparência como cargo especial de assessoramento com salário de R$ 8 mil. O ex-comandante do DOF, Kleber Haddad, preso na manhã desta sexta-feira (15) durante a deflagração da operação Avalanche ocupou o comando do departamento de 2017 até janeiro de 2019 quando saiu para ocupar cargo de superintendente da Segurança Pública, no Estado.
  • Tenente-coronel Carlos da Silva, do 3º Batalhão de Dourados com salário de R$ 23.766. No portal da transparência ainda consta, que o tenente ocupa cargo da alta cúpula como oficial superior.
  • Tenente-coronel Wesley Freire de Araújo ocupando cargo com salário de R$ 23.766
  • Tenente-coronel Josafá Pereira Dominoni nomeado com salário de R$ 22.851, foi comandante do 8º Batalhão da PM de Nova Andradina e atualmente estava no comando da 5º Companhia Independente da Polícia Militar de Campo Grande.
  • Major Luiz César de Souza Herculano Coxim com salário de R$ 19.464,15. O militar assumiu o 5º Batalhão da PM da cidade em fevereiro após a saída do QOPM Márcio Ávalo Cabanha. Herculano já era subcomandante da corporação e acumulou as funções.
  • Também o do tenente-coronel Jidevaldo de Souza Lima. Jidevaldo de Souza Lima já foi condenado a três anos e 10 meses por prevaricação e peculato. Ele era capitão e comandante da Polícia Militar em Amambaí, na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai. Na época, ele foi transferido do local e respondeu por vários crimes, como prevaricação e peculato, sendo condenado na Justiça Militar a cumprimento da pena em regime aberto. O caso transitou em julgado em junho de 2013, mas Jidevaldo foi beneficiado com extinção da pena em fevereiro de 2015, quando passou a ter efeito o indulto de Natal concedido tradicionalmente pela Presidência da República – no caso, o indulto de 2014.
– E Tenente-coronel Erivaldo José Duarte, que está na reserva com salário de R$ 23.766.
Operação
A operação Avalanche é um desdobramento da Oiketicus e está em sua terceira fase, com cumprimentos de mandados em várias cidades do Estado. Em Dourados, a casa do comandante do 3º batalhão local da PM também foi alvo de cumprimento de mandado de busca e os agentes saíram do local com vários documentos. O comandante foi levado para o batalhão de polícia da cidade e contra ele havia um mandado e prisão.
Oiketicus
A primeira fase da Operação Oiketikus foi desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar, em 2018 e levou a prisão cerca de 29 policiais que foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada “Máfia dos Cigarreiros”.
As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina, interferindo em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências voltas para o êxito do esquema criminoso. Os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas. As atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos.
Fonte: Midiamax
Por: Thatiana Melo

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