Objetivo é preparar os profissionais para o controle de focos, além de medidas de conscientização e promoção de saúde; 40 municípios compareceram ao evento
Nos meses de abril e maio, a CEPDEC/SP (Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil), realiza as OPOEs (Oficinas Preparatórias para Operação Estiagem). Ontem, profissionais da Defesa Civil Municipal, Corpo de Bombeiros, polícias Militar e Ambiental, brigadistas, seguranças e a sociedade civil, receberam treinamento no Campus 2 da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).
A medida, na sua 12° edição, faz parte de uma preparação em todo o Estado de São Paulo. De acordo com o 1°-tenente PM da Defesa Civil do Estado, Felipe Carmelo Torres Zaupa, que ministrou a oficina, o objetivo é preparar os profissionais para o combate às queimadas, além de medidas de conscientização e promoção de saúde. No evento, dos 53 municípios da região de Presidente Prudente, 40 representantes compareceram na oficina. Ao término do treinamento, os municípios presentes receberam um kit para auxiliar no combate a incêndios florestais.
Segundo o tenente, a OPOE e os treinamentos promovidos pela Defesa Civil do Estado visam levar aos municípios do interior do Estado uma capacitação dos agentes municipais de defesa civil e brigadistas, no tocante ao combate das principais ocorrências de queimadas no período de estiagem e os níveis baixos da umidade relativa do ar, que podem ocasionar riscos a saúde da população. “A operação consiste também no monitoramento desses índices de umidade relativa do ar (através da central em São Paulo e dos agentes municipais), para que possa emitir alertas à população e promover campanhas para que as pessoas se conscientizem em relação ao perigo de queimadas”.
Situação regional
Durante o treinamento, a Defesa Civil Estadual abordou temas de interesse local. De acordo com o tenente, a região de Presidente Prudente é conhecida pelo clima quente e seco e que esse tipo de situação, proporciona uma condição ideal para incêndio em vegetação. “O mato vai ficando desidratado, com menos água na célula do vegetal e, desta forma, está mais suscetível a queimadas. Logo, uma simples fagulha pode provocar ignição”, declara.
O tenente reforça que a região é caracterizada também pela baixa umidade do ar por conta do clima seco e a falta de chuva. “Essa umidade estando abaixo dos 30% já pode provocar algum prejuízo à saúde da população, principalmente para as pessoas com problemas respiratórios”.
Durante o evento, foi realizada, além da oficina preparatória da Defesa Civil Estadual, capacitação do Corpo de Bombeiros especial para brigadistas, ensinando combater focos de incêndio em vegetação; palestras com meteorologistas e com o Instituto Geológico, órgão veiculado à Secretaria de Meio Ambiente do Estado e parceiro com relação às vistorias de campo. De acordo com tenente Zaupa, para os profissionais, o evento proporciona a importância de estar preparado para o período crítico em que há uma maior incidência de queimadas, e desta forma, saber como agir, quais os cuidados a serem tomados e como alertar a população ao combate a pequenos focos de incêndio.