Protestos ambientais contra o mega-leilão do pré-sal chamaram atenção das autoridades
Ecoterrorismo é uma nova linha de investigação das autoridades brasileiras sobre a causa do despejo de milhares de barris de petróleo na costa do Nordeste. Essa possibilidade, antes remota, voltou a ganhar força.
A tese de ecoterrorismo cresceu nas investigações diante dos protestos de ONGs internacionais consideradas exagerados, contra iminente “mega-leilão” do pré-sal, que deve render R$110 bilhões ao Brasil.
Os protestos denunciavam suposto risco de danos ambientais ao arquipélago de Abrolhos, santuário ecológico no oceano, próximo ao sul da Bahia. O “mega-leilão” do pré-sal está previsto para o dia 10.
ONGs ambientalistas caladas
O governo brasileiro tem estranhado o silêncio e até a omissão de ONGs ambientalistas brasileiras e internacionais, após o desastre ecológico provocado pela invasão de petróleo nas praias do Nordeste.
Essas entidades protestaram em todo o mundo contra as queimadas da Amazônia, muito embora soubessem que são normais em meados do ano. Porém, no caso do derramamento de petróleo, as ONGs silenciaram completamente, no Brasil e no exterior.
Se antes o silêncio das ONGs era atribuído apenas à conexão da maioria delas com partidos políticos ideologicamente ligados à esquerda, que apoia a ditadura venezuelana, agora as suspeitas são mais graves.
Greenpeace na Guiana Francesa
As investigações em curso mapeiam inclusive todos os navios que navegaram na região onde se deu o despejo de petróleo venezuelano que atingiu a costa brasileira.
Radares e informações de inteligência mostraram, por exemplo, que em 30 de agosto o navio “Esperanza”, da ONG Greenpeace, deixou a Guiana Francesa, que faz fronteira com o Amapá.
“Esperanza” saiu da Guiana Francesa e percorre toda a extensão do litoral brasileiro, mas em águas internacionais, oficialmente com destino ao Uruguai. Neste momento, o navio do Greepeace estaria próximo ao litoral do Espírito Santo.
Apesar do monitoramento pelas autoridades, não significa que a ONG Greepeace, conhecida pelas ações polêmicas e algumas espetaculares, seja considerada suspeita de atos ilícitos.
Petróleo venezuelano, silêncio brasileiro
O petróleo encontrado no litoral nordestino é venezuelano, conforma exames de diversos laboratórios, como da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Além das ONGs ambientalistas, também os governadores do Nordeste mantêm estranho silêncio sobre o assunto. Todos são eleitoralmente dependentes do PT e do ex-presidente Lula.
Os poucos governadores que se pronunciaram sobre o assunto, como o baiano Rui Costa (BA), apenas reclamaram da “demora do governo federal” de reagir ao desastre. Não mencionam a própria omissão.
Navios clandestinos ao mar
Outra possibilidade investigada é de naufrágio de petroleiro “fantasma”, clandestino, sem bandeira, provocando o despejo do petróleo que as correntes marinhas conduziram ao litoral do Nordeste.
A ditadura da Venezuela tem utilizado petroleiros clandestinos, com a identificação encoberta, para driblar o bloqueio imposto pelos Estados Unidos. Em geral são navios iranianos e russos, que navegam com seus radares e transponders desligados.
Veja a indignação de uma moradora do litoral de Alagoas contra a omissão dos governadores do Nordeste:
Diário Do Poder