Yang Wanming afirmou ao deputado Aécio Neves que chegada do IFA “logo ocorrerá”
O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, negou que existam “dificuldades diplomáticas” para a liberação para o Brasil de lotes de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), insumo para a produção das vacinas Coronovac e Osford/AstraZeneca.
Yang Wanming afirmou nesta sexta-feira (14) que está envolvido pessoalmente com as autoridades chinesas para acelerar essas exportações o mais rapidamente possível e acredita que isso logo ocorrerá.
A informação foi confirmada esta tarde pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados.
Aécio conversou pela manhã com o embaixador chinês e perguntou a ele “se é correto o sentimento de alguns analistas de que o não envio de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) para que o Brasil possa continuar a fabricar suas vacina seria uma retaliação do governo chinês a declarações de autoridades brasileiras”.
“As relações da China com o Brasil vão muito além de governos, são relações que existem há longo tempo”
A acusação tem sido reiterada frequentemente pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e seus auxiliares, para justificar a interrupção na produção da Coronavac. Segundo o governador, a China não libera o IFA como reação a declarações de autoridades brasileiras sobre aquele país.
“O embaixador nega que exista retaliação e afirmou que está envolvido pessoalmente com as autoridades chinesas para acelerar essas exportações o mais rapidamente possível e acredita que isso logo ocorrerá”, relatou Aécio Neves em nota divulgada por sua assessoria, esta tarde. Segundo o deputado, o chefe da representação diplomática chinesa assegurou que “as relações da China com o Brasil vão muito além de governos, são relações que existem há longo tempo, mas enfatizou a necessidade de melhorarmos o ambiente entre os nossos países.”
O embaixador disse a Aécio que “ambiente sadio é essencial para o futuro dessas relações e para avançarmos nesses entendimentos”, sem deixar de registrar que considera “infundadas” e “injustas” as críticas ao governo chinês, e acha importante que o Congresso “possa ajudar para que essas relações entre os nossos países não sejam contaminadas.”
Diário do Poder