À CNN Rádio, Alexandre Naime avalia que a variante Ômicron deve se tornar predominante no Brasil nas próximas semanas
A falta de acesso aos números de casos, internações e mortes por Covid-19 desde que o sistema do Ministério da Saúde sofreu um ataque hacker causa “momento de voo cego”, na avaliação do infectologista Alexandre Naime.
Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que faltam dados tanto de Covid-19, quanto de síndrome gripal, o que é um “grande problema”, especialmente porque a variante Ômicron está avançando no País.
“Vários institutos e hospitais que têm a capacidade de fazer sequenciamento apontam que a Ômicron tem potencial prevalente e deve tomar o lugar da Delta nas próximas semanas.
Por isso precisamos de transparência de dados, se eles não estiverem funcionando, não teremos direção segura”, acredita.
Mesmo assim, Naime afirma que a Ômicron “tem poder de infectar muito maior do que o vírus original”, mas ressalta: “A parte boa dessa história é que aparentemente temos estudos preliminares de que ela é menos patogênica, leva a menos quadros de pneumonia viral, ou seja, deve haver aumento de casos sem um aumento proporcional de número de internação e óbitos.”
É esperado que se tenha, de acordo com o infectologista, um pico de casos entre 7 e 21 dias após o Réveillon, já que haverá maior número de reuniões.
Alexandre Naime reforçou que a vacinação contra a Covid-19 é essencial, principalmente para quem está apto a receber a terceira dose, a fim de barrar o avanço da Ômicron.
Além disso, manter o distanciamento social, evitar aglomerações e usar máscaras ajuda a evitar não somente o contágio por Covid-19, mas também pelo vírus da gripe.
Por CNN Brasil