Licitação define empresa responsável pela construção do Museu Arqueológico e Histórico do Oeste Paulista em Presidente Epitácio

A licitação foi homologada na quarta-feira (15) e o prazo para a conclusão dos trabalhos é de 18 meses, a partir da emissão da ordem de início de serviços.

O investimento na obra decorre, em sua maior parte, de repasse de mais de R$ 9,4 milhões da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), como forma de compensação ambiental pelos impactos provocados pela construção da Usina Hidrelétrica de Porto Primavera, no Rio Paraná, em Rosana (SP), e de recursos próprios da Prefeitura, através de uma contrapartida de R$ 1,1 milhão.

O museu já conta com um acervo de 11 mil peças, descobertas em um sítio arqueológico de 120 mil metros quadrados situado na Lagoa São Paulo, onde ficará a construção. Além disso, ainda receberá o material de outras 38 escavações no Oeste Paulista.

O projeto prevê unir sustentabilidade, inovação e interatividade, preservando peças no local onde foram originalmente encontradas e possibilitando que os visitantes tenham a experiência de conhecer escavações reais.

As tratativas para a construção, que contará com 2.495,17 metros quadrados, tiveram início em 2012 e envolveram, entre outras instituições, a Prefeitura, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Caixa Econômica Federal, a Cesp e a Universidade Estadual Paulista (Unesp).

O projeto de construção foi desenvolvido com base no trabalho de pesquisadores da Unesp nos campi de Presidente Prudente (SP) e Rosana.

Atualmente, a maior parte do acervo está sob os cuidados da Unesp de Presidente Prudente e, quando inaugurado, o espaço poderá atrair pesquisadores de diferentes especialidades, além de servir para o desenvolvimento e a formação de alunos da instituição e tornar-se um atrativo que irá fomentar o turismo histórico em Presidente Epitácio.

Na opinião da prefeita Cássia Regina Zanffani Furlan (PSDB), a obra “será de grande importância, pelo seu valor científico e cultural e para a preservação da história de toda a região oeste do Estado de São Paulo”.

“A construção do Museu Arqueológico e Histórico do Oeste Paulista em Presidente Epitácio tem como objetivo preservar e divulgar os achados históricos encontrados na região, como urnas funerárias e objetos de antigas populações indígenas, que possuem grande valor histórico”, justificou a Prefeitura, em documento assinado pelo secretário municipal de Planejamento, Economia e Meio Ambiente, Sérgio Antônio Maroto.

“A parceria com a Unesp, uma instituição renomada na área de arqueologia, garante qualidade na pesquisa, conservação e exposição dessas peças encontradas. O museu será inovador, pois permitirá que os visitantes possam ver os achados in loco, ou seja, no local onde foram encontrados, com toda a preservação necessária”, prosseguiu.

Ainda de acordo com o Poder Executivo, “além de contribuir para a preservação do patrimônio histórico da região, a construção desse museu também trará importantes benefícios para o turismo local”, já que “a exposição das peças encontradas atrairá visitantes interessados na história e cultura da região, estimulando a economia local e promovendo o desenvolvimento do setor turístico”.

“A verba para a construção do museu é proveniente do Programa de Compensação Ambiental, o que demonstra a valorização da preservação do patrimônio histórico e cultural como uma contrapartida às atividades que impactam o meio ambiente. Portanto, a construção do Museu Arqueológico e Histórico do Oeste Paulista em Presidente Epitácio é um investimento de grande importância para preservar e divulgar a história da região, além de impulsionar o turismo local”, concluiu a Prefeitura.